Prefeito Vítor Cassiano é acusado pela Promotoria de Cametá por supostas irregularidades em repasses de verbas do Fundeb e da saúde, com prejuízos que alcançam grande parte da população do Baixo Tocantins/Fotos: Divulgação.

O prefeito de Cametá, Vítor Cassiano, do MDB, bateu na porta errada. Boletim de Ocorrência registrado na Delegacia de Polícia do município no último dia 23 por ninguém mais do que a promotora Louise Rejane de Araújo Silva Severino acusa o prefeito de crime eleitoral com corrupção. É o que se poderia chamar de imbróglio de mais de metro.

Segundo o documento, Vítor Cassiano se valeu do próprio pai, Antônio Neto, um pioneiro considerado grande empreendedor no município, para atravessar ‘ajuda’ política, através de Romildo Damasceno Tavares, vizinho da promotora, com a cessão de dez líderes comunitários para coletarem eleitores para a campanha do ex-presidente do Banpará Braselino Assunção, do PP, candidato a deputado federal. Além de considerar a oferta uma ‘afronta’, por ser promotora de Justiça de Cametá, Luise Rejane Severino vem a ser filha de Braselino Assunção.    

Uma no cravo, outra na rosa

A estratégia do prefeito, conforme relata o BO, consistia em que o vizinho Romildo Damasceno Tavares intercedesse junto à relatora para favorecer Vitor Cassiano em procedimentos que tramitam na 1ª. Promotoria de Justiça, da qual Louise Severino é titular. As investigações, no caso, se referem a atos de improbidade administrativa contra o prefeito, como a falta de repasse de R$ 500 mil oriundos de emenda parlamentar para o hospital filantrópico do município, irregularidades na execução de obras públicas e outras envolvendo recursos do Fundeb.

Desgraça pouca é bobagem

Assim, o prefeito Vitor Cassiano somou mais um problema à sua já problemática gestão: o Boletim de Ocorrência mira o pai dele, Antônio Neto, por suposta tentativa de ‘comprar’ a promotora que por sua vez, já investiga o prefeito por atos de improbidade.

Veja o BO, na íntegra: