Nos últimos quatro anos, a sucessão de promoções no âmbito da corporação acabou criando uma situação inusitada: falta do que fazer nos quartéis e o surgimento de uma espécie de lista de espera. A queixa vem de quem integra a lista e nela deve ficar por até 15 anos, até o tempo máximo exigido para atingir a reserva/Fotos: Divulgação-Arquivo.

Rigorosamente, por vários e diversos motivos, os quartéis da Polícia Militar do Pará estão mais para ‘muro das lamentações’. Uma das queixas mais recorrentes repousa na desenfreada promoção de coronéis com menos de 20 anos de serviço, os quais precisarão aguardar década e meia nos postos até atingir o tempo mínimo exigido, de 35 anos, para se acomodar na reserva.

De outra parte, também não é pequena a quantidade de oficiais que sequer vão aos quartéis por falta de função, sem falar em outros que servem a instituições pública como Tribunal de Justiça, Tribunais de Contas. Ministério Público e Assembleia Legislativa. Não por acaso, há uma batalha em curso por função para coronéis e outra igualmente silenciosa para o alto comando da corporação deixar tudo como está.

“Agressões às normas”

 “Só não vê a situação quem insiste em fazer vista grossa”, diz um coronel da lista de espera em referência aos fiscais de plantão, sejam quem forem. “Afinal”, acrescenta, “a última promoção pariu mais de 20 coronéis”, arrematando: “Nosso Polícia Militar está sofrendo sérias agressões em suas normas que produzirão efeitos durante anos”.

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Museu Goeldi: governo Lula
 ‘desnomeia’ diretor e manda
Nilson Gabas de volta

Com portaria publicada no Diário Oficial de União no dia 16 de novembro, o arquiteto Antônio Carlos Lobo Soares foi nomeado pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações do governo Bolsonaro, Paulo César Alvim, novo diretor do Museu Emílio Goeldi, e assumiu o cargo antes ocupado pela bióloga Ana Luísa Albernaz

Nesta semana, porém, o governo do presidente Lula exonerou Antônio Carlos Lobo e indicou ao cargo o pesquisador Nilson Gabas Júnior, que já dirigiu a instituição por dois mandatos consecutivos, entre 2009 e 2018. Quer dizer, Antônio Carlos é vítima do ‘efeito Porcina’, aquela que foi sem nunca ter sido.

O museu, uma das mais importantes instituições de pesquisas científicas do País, é vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, conta quase 160 anos e está à mingua, mas parece que entre as prioridades do governo federal não consta salvar a instituição, já; muito pelo contrário: primeiro os interesses e as acomodações políticos. Coisas do Brasil.

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