A presença de peritos criminais no Núcleo de Licitações da Emater nos últimos dias expôs novamente mais um “arranca rabo” na caótica gestão da empresa. O frenético entra e sai de advogados deu a entender que são verdadeiras as informações de que processos de compra e contratação de serviços não estavam passando pelo setor competente. Segundo funcionários da empresa, que tem sede em Marituba, a situação “e muito séria”.
O que se diz é que existem dois lados disputando o poder na empresa de extensão rural do Pará e que o atual presidente, Rosival Possidônio, “tenta agradar a gregos e troianos para poder trabalhar”. Quem paga o pato é o servidor, que já não encontra clima para exercer suas as atividades e nem sabe mais a quem recorrer – e os humildes produtores paraenses, tolhidos de assistência técnica faz tempo, já que a ordem é “caçar eleitores”.
Gestão da empresa é tiro
no pé do governador
O não cumprimento das eloquentes promessas de investimentos em (boas) estradas para uma logística de escoamento eficiente passou unir os produtores rurais do sul e sudeste paraense no que chamam de “rejeição unânime” ao nome do governador Helder Barbalho na eleição do ano que vem. Quer dizer, até o governador é vítima do imbróglio.
Pesca do Pará paga, mas
segue fazendo água
A relação entre o governador do Pará e o Secretário Nacional da Pesca, Jorge Seif, parece tão salutar que o último feito de Helder foi emplacar um contrato de consultoria para o seu ex-assistente o cearense Felipe Matias – o mesmo que recebeu R$ 330 mi da Sedap para elaborar o Plano Estadual de Aquicultura e Pesca do Pará, que até hoje não saiu do papel. Seif começou tecer estranhas alianças com viscerais adversários do presidente Jair Bolsonaro depois que foi preterido para a disputa do Senado por Santa Catarina, onde o empresário Luciano Hang, do Grupo Havan, obteve a bênção presidencial pra a disputa.