Trecho da rodovia ganhou novas pontes em Acará, mas uma delas ainda é de madeira, justamente a que compromete o tráfego, que depende de decisão do governo do Estado e provoca a reação dos caminhoneiros/Fotos: Divulgação.

Uma coincidência envolvendo a proibição do tráfego de acesso à Alça Viária e a travessia de balsa como única opção faz do prefeito de Acará, “Pedrinho da Balsa”, alvo dos caminhoneiros.

Uma fila de cerca de cinco quilômetros de extensão formada por caminhões de carga vem se agigantando há pelo menos três dias e ronca a plenos pulmões pedindo socorro para garantir acesso a um trecho da chamada Perna Leste, rumo à Alça Viária.

Em vídeo que circula nas redes sociais, caminhoneiros se dizem proibidos de trafegar da Perna Leste ao quilômetro 20 da Alça Viária porque “dois agentes da Polícia Rodoviária Estadual bloqueiam a pista”.

Segundo se comenta entre os caminhoneiros, no trecho interditado, os policiais alegam que a proibição do tráfego na Perna Leste atende “determinação do prefeito de Acará, Pedrinho da Balsa”, suposto dono da empresa que opera a travessia do rio. Seria o caso em que um prefeito se sente não dono da rua, mas de uma rodovia, mas não é. Explica-se.

A ponte proibida

Com 45 quilômetros de extensão, a estrada recebeu asfalto pela primeira vez, contemplando ainda a substituição de quatro pontes de madeira por concreto. Uma dessas pontes ainda é de madeira, o que inviabiliza, no momento, o tráfego de veículos de grande porte, como carretas e bitrens.

A obra garantiu a instalação de redes de drenagem de águas pluviais, implantação de acostamento, construção de sub-base, base, terraplanagem e asfaltamento e sinalização.

Esse congestionamento seria evitado se o governo do Estado, através da notória Secretaria de Transporte, resolvesse o problema dessa ponte, ou se construísse a outra, anunciada com pompa na cidade do Acará.

Chama o comandante

A questão é que os caminhoneiros alegam que a ponte é trafegável e que a informação dada pelos agentes de que estaria quebrada não é verdadeira. Como o desvio do tráfego passa inevitavelmente pela travessia de balsa, sobrou para o prefeito Pedrinho da Balsa, que se desincompatibilizou da empresa justamente para tentar evitar a maledicência. Não deu.

Melhor chamar o comandante do Batalhão da PRE antes que os caminhoneiros explodam, ou que Pedrinho da Balsa naufrague.