A Polícia Federal abriu inquérito para investigar polêmica festa promovida no Campus da Universidade Federal do Pará (UFPA), Campus Guamá, em Belém. Sábado, atendendo a denúncias, agentes da Superintendência Regional fizeram diligências no campus, onde encontraram vestígios de consumo de drogas e de álcool. As denúncias encaminhadas anonimamente à PF davam conta de suposta “orgia”, o que ainda não está confirmado.
O evento foi promovido na noite de sexta-feira por alunos do Curso de Ciências Sociais, com distribuição de convites à comunidade acadêmica, como se praxe, através de uma rede social com o tema “Farofa das Sociais”. Ainda na sexta-feira também foram divulgadas imagens da promoção, o que teria motivado as denúncias à Polícia Federal.
Ao que se sabe, essa teria sido a primeira promoção de alunos da Universidade depois do gradual retorno às aulas no campus desde o advento da pandemia. Eventos dessa natureza sempre motivaram denúncias feitas por membros da própria comunidade acadêmica, ou por pais de alunos. Também não seria a primeira visita de agentes federais para investigar supostas irregularidades cometidas por alunos. Em sala de aulas, ontem, estudante que teriam participado do evento negaram as acusações a professores, muitos dos quais tiveram conhecimento prévio da promoção, mas desconhecem detalhes da festa.
Igor Normando estaria de
olho na Secretaria de Cultura, mas
deve ficar mesmo só na vontade
A Secretaria de Cultura do Estado informa que o novo titular, Bruno Chagas, que substitui Ursula Vidal, não fará nada além do que já está planejado na matriz conduzida pela antecessora com a aquiescência do próprio Bruno e da atual direção da Secretaria, sob a supervisão da área orçamentária do governo e do próprio governador Helder Barbalho. Segundo a informação, “os grupos de pressão, formados por insatisfeitos, sempre existiram” na Secretaria “e tinham pouco ou nenhuma atenção” da gestão tucana.
Sem turbulência a vista
Segundo a Secretaria, “o fogo amigo que Bruno pode sofrer virá, se vier, da Fundação Cultural do Pará”, comandada pelo deputado Igor Normando, “que se deu tão bem à frente da Fundação que sonha abocanhar a matriz” – mas isso não teria passagem no governo. Ursula, ao sair, indicou sucessor, Bruno, e adjunto, Júnior Soares, de confiança, o último, funcionário de carreira apto a lidar com a base social mais sensível da área cultural.