Ao contrário de outros eventos dessa natureza, o curso de capacitação ora aplicado pelo Igeprev estaria reunindo apenas servidores DAS contratados do governo, o que parece estranho/Fotos: Divulgação/Agência Pará-Redes Sociais/Whatsapp.

Que dois bicudos não se beijam todo mundo está careca de ouvir, mas, quando convocados por uma causa comum, dão-se as mãos e seguem em frente, deixando as diferenças de lado. É o caso do Procurador-Geral do Estado, Ricardo Sefer, e o presidente do Igeprev, o indomável Giussep Mendes, cujas instituições firmaram acordo de cooperação para aplicação das diretrizes gerais relativas à atuação da máquina administrativa com vistas a compatibilizar o funcionamento às regras eleitorais.

A base de apoio é o Manual de Orientações das Eleições 2022, documento editado pela PGE desde 2010 e atualizado desde 2014, até a atual gestão. Detalhe: o que chama a atenção é o fato de que a PGE e Igeprev iniciaram ontem um curso de capacitação de servidores, na sede do Instituto, que envolve não exatamente funcionários públicos, mas os DAS contratados à larga pelo governo do Estado. Para os observadores da cena, que sentido faz reunir DAS em uma sala em curso de capacitação se o manual deveria ser de pleno conhecimento de toda a engrenagem da máquina pública? Bem, como diria o governador Helder Barbalho, “Bora trabalhar!”.   

“Operação Tarrafa” e
o golpe no caixa forte das eleições

Acredita-se que a ação da Polícia Federal contra falsos pescadores no Pará terá inevitáveis consequências eleitorais. Como se sabe, a “Operação Tarrafa” golpeou a fonte de dinheiro de muitos políticos que se abastecem de benefícios ilícitos para enriquecer e financiar campanhas eleitorais e dezenas de colônias e associações de pescadores cadastraram falsos pescadores aos milhares no Estado. Aliás, por conta da operação, algumas candidaturas, inclusive que se prenunciavam vitoriosas, foram para o espaço, inclusive com o sumiço de personagens. Outras resistem, apesar das figurinhas carimbadas.