Atual presidente da Fundação Parapaz, o ex-delegado-geral de Polícia do Pará Alberto Teixeira empregou ex-mulher e a atual cunhada, segundo o Ministério Público, o que caracteriza prática de nepotismo, com portarias assinadas pelo então Chefe da Casa Civil Parsifal Pontes, cunhado de Teixeira/Fotos: Divulgação.

Investigações do Ministério Público concluíram pela prática de improbidade administrativa cometida pelo delegado Alberto Teixeira, atual presidente da Fundação Parapaz, no exercício do cargo de Delegado-Geral da Polícia Civil do Pará. Ato contínuo, o MP ofereceu ao ex-delegado e a duas pessoas investigadas por envolvimento nos malfeitos perpetrados contra a administração pública acordos de não persecução cível, que tem como uma das condições a devolução dos valores recebidos de forma ilegal. Segundo o acordo, a contabilização dos prejuízos ao Erário fica a cargo do Tribunal de Contas do Estado.

Cabide de emprego

Dentre as inúmeras acusações de prática de improbidade cometida por Alberto Teixeira pesa ainda a indicação de sua ex-mulher Márcia do Socorro Pimentel Moura e sua atual cunhada, Danielle Lima do Rosário, a cargos de livre nomeação e exoneração na Polícia Civil do Pará, o que é legalmente assinalado como prática de nepotismo. As nomeações de ambas se deram logo após Alberto Teixeira assumir o cargo de Delegado-Geral, em 2019. As portarias foram assinadas por Parsifal Pontes, cunhado de Alberto Teixeira, então Chefe da Casa Civil. 

Investigações desde 2020

Os fatos se tornaram públicos através de mídias digitais e chegaram ao conhecimento do Ministério Público, que instaurou dois inquéritos civis para investigação, em 2020. Segundo as denúncias, além do impedimento de Márcia Pimentel para assumir cargos na Polícia Civil, por expressa vedação ao nepotismo, recaiu sobre ela a acusação de ser funcionária “fantasma” da instituição, uma vez que nunca havia sido vista trabalhando até o dia em que denúncia se tornou pública. 

Diárias “fantasmas”

Quanto a Danielle Lima do Rosário, cunhada de Alberto Teixeira, também foi constatada pelo MP a prática de nepotismo. Segundo o MP, por expressa vedação constitucional Danielle não poderia ser indicada por Alberto Teixeira. Ela também é investigada como possível beneficiária de um esquema envolvendo diárias “fantasmas”, ou seja, recebia verba sem se ausentar de Belém, onde estava lotada. 

Mulher sob investigação

Além disso, a nomeação de Denise Lima do Rosário Teixeira de Barros, atual esposa de Alberto Teixeira, é objeto de investigação por parte do Ministério Público. Denise, que é concursada da Seduc, foi nomeada para ocupar cargo de confiança na Casa Civil, onde o seu próprio concunhado, Parsifal Pontes, era Chefe. Durante a gestão Alberto Teixeira na Delegacia-Geral e de Alberto Beltrame na Sespa, a concunhada de Parsifal fazia parte da Comissão de Seleção de Organizações Sociais, junto com Felipe Mikael Vasques e Leonardo Maia Nascimento, assessor especial do governador Helder Barbalho, preso pela Polícia Federal na “Operação SOS”, em setembro de 2020. Um ano antes, em 2019, Denise passou a acumular DAS em cargo de livre nomeação na Secretaria Especial de Assuntos Penitenciários. 

Papo Reto

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  • Vá entender: o governador Helder Barbalho “entrega” hoje, com pompa e circunstância, a partir das 10 horas, o Instituto de Medicina Legal, instituição de mais de 120 anos e com espaço construído há quase uma década.
  • Em mais uma investida como “prefeito de Belém”, Helder Barbalho irá bancar a reforma do prédio da Câmara de Vereadores, conforme anuncia publicação do Diário Oficial do Estado de ontem.
  • É forte o movimento na OAB em torno do lançamento do nome da advogada Kelly Garcia como candidata ao desembargo pelo Quinto Constitucional.
  • Além do que seus defensores apontam como necessidade de ampliar a representatividade feminina, Kelly Garcia é “advogada militante”, ao contrário de candidatos “que sequer sabem onde é o fórum”.
  • A presidente do Tribunal de Justiça do Estado, desembargadora Célia Regina Pinheiro, fez publicar nota de pesar, ontem, pela morte da desembargadora Eliana Rita Daher Abufaiad.
  • A ex-deputada estadual Eulina Rabelo, que é titular do Cartório de Único Ofício de Augusto Corrêa, acaba de se atrelar ao MDB. Foi brindada com a titularidade do comando da URE Bragança.
  • O Marajó vai lançar  candidatos da própria da região para disputar assento na Assembleia Legislativa nas eleições deste ano.
  • Alinham-se aí, além de Cilene Couto (foto) e Luth Rabelo, entre outros, Andréa Xarão, mulher do prefeito de Breves, Xarão Leão (MDB), Nick Júnior, ex-vereador de Soure, pelo PT, e Iran Lima. Com população acima de 620 mil habitantes, o Marajó também desperta a cobiça de candidatos a deputado federal, como Elcione Barbalho, Cristiano Vale, Ana Júlia, Junior Ferrari e Paulo Bengtson.