Em retaliação, o grupo criminoso formado por Josias Dias dos Santos, Laelson Siqueira de Souza, Silvano Oliveira do Aido e Davi Costa de Souza, entre outros, tentou invadir a sede da empresa, no município de Acará.
Na madrugada do último dia 14, câmeras do sistema de segurança da Brasil BioFuels detectaram caminhões transportando nova carga de frutos roubados da Fazenda Campos Belo. Incontinente, passou a monitorar o deslocamento dos caminhões ao longo do seu trajeto. Já transitando em via pública, na rodovia PA-451, próximo ao ramal Ubim, no município de Tomé-Açu, um dos veículos pertencentes aos criminosos – carreta bitrem com três contêineres carregados de frutos roubados – tombou, interditando uma das faixas da rodovia.
Em seguida, a segurança acionou a Polícia Militar para fazer a apreensão da carga. Além dos frutos, os criminosos roubaram contêineres da empresa, que possuem dispositivo de segurança que somente a BBF utiliza para identificação de origem. A carga roubada permanece na delegacia da Polícia Civil de Quatro Bocas para a devida diligência.
Tentativa de invasão
Após a apreensão e como forma de retaliação, o grupo criminoso formado por Josias Dias dos Santos – “Jota”, liderança quilombola na região do Acará -, Laelson Siqueira de Souza, Silvano Oliveira do Aido e Davi Costa de Souza, entre outros, tentou invadir, no dia seguinte 15, a sede da BBF em Acará – chamada Polo Vera Cruz -, ameaçando os trabalhadores que se encontravam nas instalações.
Grupo é reincidente
Depois desse novo episódio, a BBF diz esperar ‘ação mais efetiva’ da Secretaria de Segurança Pública do Pará que, mesmo após mais de 700 boletins de ocorrência registrados pela empresa, mantém em liberdade os já conhecidos criminosos que continuam praticando os mais variados crimes contra a empresa, colocando em risco a vida de milhares de famílias que residem na região de Tomé-Açu e do Acará.
Os criminosos liderados por Josias Dias dos Santos pertencem ao mesmo grupo de indivíduos que foram presos em operação da Polícia Militar no Acará, em 9 de fevereiro deste ano, portando munições e mais de R$ 19 mil em espécie com origem ilícita e que, inacreditavelmente, foram liberados em decisão do juiz da comarca horas depois.
Endereço conhecido
O grupo criminoso vem fortalecendo sua atuação, envolvendo inclusive o uso de balsa clandestina atracada de forma ilegal em porto privado da empresa BBF, que tem como objetivo facilitar o escoamento de frutos roubados e agilizar o transporte para empresas receptadoras, como a Marborges, localizada no município de Moju.