Há quem diga que o banco estatal paraense corre perigosamente para uma situação falimentar, mas analistas do mercado são cautelosos: sem dados concretos sobre a contabilidade do banco é impossível mensurar a situação. A sorte é que o Banco Central, que costuma “enxergar” antecipadamente eventuais crises em instituições financeiras, não se manifestou, portanto, não convém dar crédito a comentários tecnicamente infundados. Uma coisa, porém, é certa: o plano de expansão do Banpará pensado em governos anteriores para promover o desenvolvimento e inserir a população de baixa renda no sistema financeiro – quando a tecnologia do atendimento digital online ainda engatinhava – se transformou em uma grande ferramenta política , com resultados duvidosos.
Farra com dinheiro público
Críticos da atual administração do banco paraense são impiedosos e apontam supostas irregularidades em contratos milionários, patrocínios e negociações com prefeituras do interior no sentido de fazer crer à população que cada nova agência representa um investimento público vantajoso para os municípios que a recebem. Não seria bem assim: o que se diz é que, quando constrói ou reforma uma agência, o banco usa a via do superfaturamento, pagando valores milionários de longo curso em aluguel de imóveis, inclusive desativando prédios próprios. Por traz de tudo isso, suspeita-se que o banco acumula passivos e déficits que, acrescentam, podem levar a instituição à bancarrota.
Cliente paga a conta e o pato
Na ponta dessa corda está a massa de clientes do banco, a maior parte formada por servidores públicos, inclusive temporários, que amarga filas de espera, serviços de internet precários, cartão de débito e crédito capenga por causa da plataforma onde se hospeda e dificuldades para acessar seus próprios boletos, cuja cobrança cabe a uma graciosa empresa de fora do Estado muito acostumada a confundir um cliente do Pará, mesmo diante da apresentação de CPF, com cliente posto em sossego no Paraná.
Secretários costuram projeto
para o Sistema Penitenciário
José Fernando Gomes Júnior, da Sedeme, Jarbas Vasconcelos e o diretor de Reinserção Social da Secretaria de Administração Penitenciária, Belchior Machado, costuram a implantação da Zona Econômica de Produção e Serviços do Complexo de Santa Izabel, abrindo a possibilidade da concessão de incentivos fiscais para empresas com interesse na instalação do empreendimento. O projeto integra protocolo de intenções assinado entre o Estado, a empresa Ibrap e a mineradora Norsk Hydro e prevê a instalação de três unidades para a fabricação de produtos à base de alumínio no Pará, a partir de 2023.