Prefeitos recorrem à maquininha para traçar planos de investimentos para o próximo ano, principalmente para vencer desafios impostos pela pandemia. Gerar empregos é o maior deles e depende de repasses federais/Divulgação.

Cerca de 87,7% (3.827) dos municípios afirmam que o adicional de 1% do FPM foi essencial para o pagamento do 13º salário dos servidores neste ano. A informação foi levantada pela pesquisa O pagamento do 13º salário pelos Municípios brasileiros em 2021, da Confederação Nacional de Municípios (CNM), que ouviu 78,3% (4.362) das prefeituras. A CNM destaca que o pagamento do 13º salário injeta por volta de R 27,7 bilhões na economia. Segundo a pesquisa, 90% (3.924) dos municípios  pagar os pagamentos os servidores conforme o cronograma, mas, 6,2% (269) afirmaram que pode haver atraso no pagamento. Em 52,4% das prefeituras, o pagamento do 13º ocorreu de forma parcelada e 98% (4.274) afirmaram que o pagamento está sendo feito em dia.

Pagamento de fornecedores
tem atrasos de até três meses

Com relação ao pagamento de fornecedores, dos 4.362 municípios que participaram da pesquisa, 939 (21,5%) informaram que estão com pagamentos de fornecedores atrasados, enquanto 3.319 (76,1%) estão com essa obrigação em dia. Dos 21,5% com atraso no repasse para fornecedores, 66,8% têm atraso de um a três meses; 9,7% de quatro a seis meses, 2,7% de 10 a 12 meses e 15,9% dos municípios possuem atrasos acima de 12 meses. Apenas 4,9% não responderam ao questionamento. Sobre a capacidade de fechar as contas do ano, 3.860 (88,5%) responderam que conseguirão, enquanto 348 (8,0%) afirmaram não ser possível fechar as contas no azul em 2021.

Desafios a vencer em
2022 por conta da pandemia

A CNM procurou entender quais os desafios a serem enfrentados pela gestão em 2022 diante da pandemia da Covid-19. Um dos principais – para 78,2% dos municípios – será recuperar a economia local, para 78% gerar empregos será um grande desafio e para outros 74,9% será auxiliar a população mais vulnerável. Em 1.524 municípios ficarão Restos a Pagar para 2022, o que corresponde a 34,9% dos pesquisados. Os que não vão deixar restos a pagar são 2.130 ou 48,8% – 13,8% relataram depender de receitas extras.