Helder contrata empréstimos de
R$ 2,3 bi, mas não vai pagar a conta

Belém, sábado, 10 de abril de 2021

No melhor estilo “gestão de resultados”, o governo empurra o Estado do Pará para o abismo do estrangulamento fiscal a médio e longo prazo, com a inevitável perda da capacidade de investimentos, seja na área da educação ou de saúde, entre as demais. Esse cenário está sendo criado com a inestimável ajuda da Assembleia Legislativa que, de 2019 até hoje autorizou a contratação de três empréstimos que somam mais de R$ 2,3 bilhões.

Quem paga

Divulgação

Análise do economista e professor Eduardo Costa (foto) sobre o relatório de desempenho das contas públicas do governo do Pará no exercício de 2020 aponta o que será o amanhã, como se diz, diante dessa “insanidade fiscal” estimulada pela busca de resultados. Pior: como os empréstimos têm carência de cerca de cinco anos para pagamento, o governador Helder Barbalho não tem que se preocupar com as faturas: seu sucessor pagará a conta.

É que. . .

No cenário em que permanecerá no cargo por mais quatro anos a partir de 2022 – o que se comenta é que Helder não vê adversário no retrovisor, exceto a Justiça -, no final do segundo mandato talvez comece a pagar o empréstimo autorizado em 2019, de R$ 800 mi, restando dois – um de US$ 100 milhões, equivalentes a mais de R$ 500 milhões a preços de hoje, e mais outro de R$ 800 mi aprovado neste ano para quem o suceder no cargo.