Em processo fulminante, procedimento raríssimas vezes visto na história da Igreja Católica, o Papa Francisco, coerente com sua história de combate à corrupção no meio do clero – inclusive na Cúria de Roma -, acaba de nomear o atual Vigário-Geral da Arquidiocese de Belém, Monsenhor Raimundo Possidônio, para o cargo de Bispo Auxiliar da Diocese de Bragança, com direito à sucessão, o que indica que em breve substituirá o atual Bispo Regente, Dom Jesus Berdonces, acometido de problemas de saúde.

Novo bispo tem
direito à sucessão

Com isso, de uma só vez, o Papa afastou do governo diocesano o Bispo-Emérito da diocese, dom Luís Ferrando, que, aos 85 anos e muito debilitado era o Administrador Apostólico e colaborador com o bispo regente, mas foi considerado incapaz para continuar a missão. O outro efeito da decisão do Papa Francisco, considerada profilática por renomados bispos  com assento na CNBB Norte 2, foi encaminhar a sucessão de Dom Jesus Berdonces, em delicado estado de saúde, já que o posto de Bispo Auxiliar dá direito à sucessão. Observadores atentos desses acontecimentos da Igreja Católica ligados à coluna opinam que a sucessão já está resolvida, evitando mais turbulências e atropelos ao processo, permitindo que Dom Possidônio da Mata possa ir encaminhando soluções desde já ao delicado governo da histórica diocese fundada pelos missionários barnabitas.

Diocese vive crise
sem precedentes

Ao novo Bispo Auxiliar, Dom Possidônio da Mata, não faltarão serviço e motivos para preocupação. Neste momento, a Diocese de Bragança passa por uma inédita crise de governança, com as coisas funcionando às avessas e denúncias de escabrosos casos de escândalos  envolvendo corrupção nos hospitais diocesanos, sublevação de sacerdotes, interferências político-partidárias e até episódios de natureza sexual.

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