O belo palacete de inspiração renascentista construído pelo bispo barnabita Dom Eliseu Corolli ao lado da Catedral Diocesana de Bragança, sempre aberto aos fiéis, está fechado a ferros e cadeados, enquanto os bispos vivem permanentemente em férias ou em seguidas viagens a Roma. Em raros deslocamentos nos limites dos 28 municípios que integram a diocese, os religiosos são vistos em veículos luxuosos.
Meses após a inédita intervenção direta do Papa Francisco no governo da diocese, a situação segue claudicante: fuga em massa de católicos rumo a denominações evangélicas e à suposta Igreja Tridentina instalada em Bragança por dissidentes católicos, reforçada por um certo Dom Rodrigo da Silva que, vindo de Curitiba, fez uma surpreendente visita à Catedral de Bragança e autorizou a construção de uma Igreja Matriz Tridentina, para a qual o povo está doando milhares de reais.
Fim da lua de mel
Enquanto isso, a lua de mel dos católicos que depositavam muitas esperanças nas ações do bispo nomeado pelo Papa em abril deste ano, Dom Possidônio da Matta, como coadjutor, esvaiu-se: hoje, a reprovação de sua presença é altíssima e o descrédito, maior. Quanto ao bispo regente, Dom Jesus Berdonces, infelizmente tem seu estado de saúde agravando dia a dia, a ponto de esquecer como se celebra a missa.
Saudades de Giambelli
Nas atuais circunstâncias, cabe aos fiéis e a muitos padres e freiras da Diocese de Bragança relembrar com saudades o barnabita Dom Miguel Giambelli, segundo bispo da diocese e pároco da Basílica Santuário de Nazaré, seu estilo calmo, gentil e missionário, mas extremamente firme e de forte personalidade, que jamais permitiria, mesmo em sonho, o que ocorre na sofrida e combalida igreja particular da região bragantina.