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Santa Casa segue em “petição de
miséria”, enquanto plano de privatização
avança sem interferências

Parece que o caos chegou mesmo para ficar na saúde do Pará: o Hospital Santa Casa de Misericórdia, detentor do título “Amigo da criança” por ser referência materno-infantil, está há mais de dois meses sem óculos de proteção para os RN’s em fototerapia. Também não dispõe de copos descartáveis para pacientes e muito menos de camisinhas recomendadas em procedimentos de ultrassonografia transvaginal. Crianças que dependem de fototerapia vêm sendo transferidas para tratamento em outros hospitais pela simples falta de óculos para os profissionais. O tratamento mais eficaz para icterícia é a fototerapia em recém-nascidos. Trata-se de um equipamento que emite uma luz clara – a luz azul é considerada a mais eficaz -, capaz de quebrar o excesso de bilirrubina presente na corrente sanguínea, de forma que seja eliminada mais rapidamente pelo organismo.

Ministério Público se mantém silente,  
mas servidores cobram explicações

Conforme a coluna tem antecipado, o incomum volume de profissionais admitidos na Santa Casa no último processo seletivo, em agosto – 90 enfermeiros -, e o fechamento gradual dos atendimentos ambulatoriais em diversas especialidades apontam a clara intenção do governo do Pará de privatizar todos os serviços do hospital. Ninguém tem mais dúvida disso, embora o Ministério Público continue fazendo cara de paisagem, mesmo diante da morte de bebês recém-nascidos. Além disso, servidores se perguntam onde foram parar os R$ 25 milhões recebidos para reforma e os R$ 20 milhões para compra de equipamentos, já que tudo que se vê pelo hospital são maquiagens.