Postagens em grupo de Whatsapp mostram que operador Alisson Farah fez depósito em conta do blogueiro Igor Gaia, de Cametá, com a recomendação para “falar bem” do governador e a promessa de depósitos semanais/Fotos: Redes Sociais.

O ditado popular segundo o qual “para baixo, todo santo ajuda” cabe como luva para explicar quão nociva pode ser para a figura do governador Helder Barbalho a ação do lobista Alisson Ramos, que se identifica como Alisson Farah, ao corromper ao menos um blogueiro para “falar bem do governador”. Veja nas imagens as conversas extraídas do grupo de Whatsapp “Amigos do Club do Jet”, do qual Alisson, espécie de golpista do Tinder tupiniquim, participa exibindo uma lanha avaliada em R$ 1 milhão.

Parece, mas não é

Alisson Farah é um fanfarrão que vive aplicando golpes por onde passa, usando o nome do governador, da própria mulher do governador, de integrantes do MP e outras figuras da administração pública. Conta grandezas porque ganha muito dinheiro operando na órbita do Detran – com empresas de licenciamento veicular -, da Arcon – explorando concessão pública através de “laranjas” – e no comércio ilegal de madeira, tendo sido preso, inclusive, pela PF e condenado pela Justiça. Late como pitbull, mas está mais para vira-lata.

Ponha-se no seu lugar

No caso do blogueiro top de Cametá, Alisson fez depósito de determinado valor em conta corrente e postou a recomendação infame, como se o governador precisasse de favor dessa natureza. É o caso de se dizer, com “amigos” como esses, ninguém precisa de inimigos. Resta saber se o próprio governador ou a sua secretaria de Comunicação sabem que podem contar com os favores desse “assessor de araque”. Pelo sim, pelo não, caberia ao governo tratar de se eximir de culpa e colocar o golpista no seu devido lugar.

Arte de passar a perna

Só quem não conhece faz negócio com Alisson Farah. Que o digam os proprietários da empresa de transporte intermunicipal Jam Joy, ou da empresa Monocar e até mesmo o apresentador de TV e ex-vereador Joaquim Campos. Quando não vendeu gato por lebre embolsou a lebre e o gato e deixou os prejuízos com o freguês, recebendo adiantado, acabando por sair das sombras onde costumava a agir. Foi assim que a Jam Joy viu frustradas as licenças de concessão na Arcon e a Monocar comprou empresas de licenciamento veicular e não recebeu. O menor prejuízo ficou para Joaquim Campos, de quem Alisson Farah comprou um imóvel em Benfica e está pagando com sacas de açaí…

Papo Reto

Divulgação

Muita gente tem se mostrado assustada com o crescimento vertiginoso do patrimônio do Hospital Modelo, de Ananindeua. Em pouco tempo, a casa de saúde adquiriu vários imóveis nas suas imediações para a construção de uma ala de consultórios e estacionamento.

Nem a propósito, o hospital é de propriedade do vice-prefeito de Ananindeua, Érick Monteiro (foto), candidato a deputado estadual nas eleições de outubro.

Funcionários públicos estaduais beneficiários  do Iasep  passam pelo perrengue de ter que se deslocar até Belém para fazer consultas e exames. É que as clínicas credenciadas deixaram de atender em Castanhal por falta de pagamento.

Grandes grupos de farmácias que se estabeleceram no mercado de Belém com  todo apetite começam a definhar. Uma delas foi a Drogasil, à Generalíssimo com Nazaré.

O Conselho Superior da Justiça do Trabalho deve liberar recursos para que alguns Tribunais Regionais abram concurso público para preenchimento de vagas disponíveis.

São poucas, mas o cadastro de reserva que será formado mostra que vale a pena investir. O TRT8 deve ser um dos beneficiados. A previsão é de que o certame ocorra até final do ano.

Aliás, a presidente do TRT, a desembargadora Graziela Colares, fará reunião técnica com três desembargadores mais antigos que ainda não estiveram à frente da presidência da instituição.

A intenção é dar condições para que compreendam os caminhos da administração com antecedência e assim possam fazer uma transição tranquila.

A criação do Tribunal Regional Federal de Minas Gerais deve incentivar juízes da Amazônia a buscar a criação de um TRF para os Estados nortistas.

O que se diz é que a submissão a Brasília desprestigia a comunidade jurídica  amazônica por falta de identidade regional.