Notável capacidade de investimento chama atenção para mais um novo rico no Pará, com a aquisição de cobertura que previa até a construção de um super aquário, tecnicamente rejeitado pelos construtores/Fotos: Divulgação.

Frustração dos inquilinos, que teriam pago R$ 1,5 milhão, cash, pela morada de veraneio foi causada pelo rigor técnico da construtora, não exatamente como forma de evitar uma ‘tragédia de Ícaro’…

Quando julho chegar, o concorrido balneário de Salinópolis, na Costa Atlântica do Pará, terá um novo morador circunstancial, ou temporário, se o leitor preferir. Um figurão metido a ‘topetudo’ acaba de adquirir belíssima cobertura no que os observadores do setor imobiliário do Pará classificam como o maior condomínio de luxo da Atlântica, o Rooftop 2, que, não por coincidência, tem inauguração marcada para julho.

Qualquer exercício de futurologia a curta distância menos profundo, baseado em observações desinteressadas dos movimentos do novo rico na cidade de Belém será capaz de prever festas e recepções nos 30 dias que Deus dará de vacances, provavelmente o primeiro grande veraneio depois da pandemia de covid, quando o uso de máscaras de proteção individual estará completamente liberado, restando apenas aquelas que escondem a falsa moral, os desvarios e as delinquência dos ‘arautos’ que se locupletam de cargos públicos para alcançar os píncaros da glória.

Critérios e escolhas

Quando julho chegar – e a par do árduo trabalho de decoração a que o belíssimo imóvel será submetido para receber convidados escolhidos a dedo e com base em rigorosos critérios sociais e políticos -, os proprietários terão deixado para trás a decepção por não poderem incluir na decoração um aquário gigante para distrair os convivas.

Nessa fronteira, a construtora do imóvel, avaliado em cerca de R$ 1,5 milhão, pagos cash, dizem, rejeitou a vaidade oceânica dos inquilinos pela ótica da engenharia. Nem tanto ao céu, nem tanto ao mar…