Nomeado pelo amigo e secretário de Segurança Pública, Ualame Machado, o bragantino Luciano Oliveira, agente federal, comanda ações na “Operação Curupira”, em São Félix do Xingu, como secretário-adjunto Operacional da Segup, cargo que historicamente era ocupado por coronéis da PM e delegados da Polícia Civil/Fotos: Agência Pará.

Por OIavo Dutra | Colaboradores

Brigas paroquiais e laços de família motivam o prefeito Raimundo Oliveira em ataques sistemáticos aos Oliveiras em Bragança, agora extensivos a mais um personagem – o Oliveira de prenome Luciano, cuja irmã é casada com o deputado estadual Renato Oliveira, irmão do ex-prefeito Edson Oliveira. Bem, afora a possibilidade tangível de um galho solto na árvore genealógica, não se conhece relação consanguínea entre o prefeito Raimundo Oliveira e o ex-prefeito Edson Oliveira, que apenas lidera o bloco de oposição ao gestor, sob a bandeira do MDB.

Em Belém, embora sem ataques diretos e manifestações públicas, como faz o prefeito de Bragança, sabe-se de uma contida reação ao Oliveira Luciano, nascido em Bragança. Sai dos quartéis da Policia Militar, onde alguns oficiais se inquietam com a escalada do moço bragantino na gestão da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social, comandada pelo secretário Ualame Machado. Mas, quem é Luciano Oliveira (foto)?

“Muito prazer. Luciano Oliveira, agente federal”, diria ele em eventual apresentação, quando o correto seria dizer: “Muito prazer. Luciano Oliveira, agente federal, nomeado secretário-adjunto Operacional da Secretaria de Segurança Pública do Pará”. Nessa fronteira alguns quepes voam de cabeças coroadas nos quartéis da Polícia Militar.

‘Amigo é pra se guardar’

 Casado com a delegada-geral-adjunta da Polícia Civil, a paulista Daniela Oliveira, Luciano Oliveira é agente da Polícia Federal saído da PM e amigo pessoal do secretário Ualame Machado e nesse ponto reside a questão, assim resumida por um coronel PM à coluna: “Nomear amigos, mesmo competentes, tem limites de bom senso na administração pública…”

As regras do jogo

Esse, porém, não parece ser o entendimento do secretário de Segurança Pública. Depois de passar quatro anos como assessor de Ualame Machado, o agente federal Luciano Oliveira, cedido, como o próprio secretário e outros agentes e delegados, ao governo do Estado, foi guindado ao posto de secretário-adjunto Operacional, cargo até então ocupado por oficiais da PM, diante da complexidade e do desafio de comandar efetivos policiais sob ordens de coronéis e delegados.

Escolha de Ualame

Para oficiais ouvidos pela coluna, a indicação de um agente federal para o cargo soa “como se não houvesse policiais e coronéis” nos quadros do Estado – se bem que em alguns setores da Polícia Civil o entendimento é de que esse posto deve ser restrito a coronéis da PM, não a delegados. Contudo, de modo geral, alguns oficiais consideram a escolha de um agente federal como ‘certo desprezo’ aos profissionais do Estado, sem discutir, claro, a competência do secretário Operacional, mas questionando os motivos da escolha de Ualame.

Papo Reto

  • A sede da Sol Informática, na Doca, foi alugada para a mineradora Vale, que passa a ter sede novamente em Belém.
  • A ideia é manter o espaço do antigo Café da Sol e o espaço de exposições, com a intenção de que a sede também funcione como espaço cultural.
  • Mais: a mineradora fez questão de manter o mural assinado pelo artista plástico paraense Jorge Eiró, que fica em uma das paredes do antigo café.
  • Nessa mexida, a Sol Informática se instalou à rua Dr. Moraes, onde funcionou a extinta Livraria Fox, prédio que pertence aos sócios Celso e Roberto.
  • Maldade que se houve nos meios culturais: a Vale estaria retornando com escritório ao Pará “tal e qual o cão arrependido, porque Minas Gerais já deu o que tinha que dar”.
  • Como se sabe, a empresa havia desmontado o escritório em Belém e quem não topou se mudar para Carajás foi demitido, o que levou de roldão toda a Comunicação.
  • O Detran passou a fazer palestras em empresas e escolas para reforçar a educação de trânsito, a conscientização pelo não consumo de bebidas alcoólicas e o não uso de drogas ilícitas e entorpecentes. 
  • Bento Gouveia (foto), diretor de Fiscalização, explica que o projeto, neste ano, também alcançará estabelecimentos em diversos municípios do interior do Estado.
  • Prefeito de fato de Belém, o governador Helder Barbalho entrou em cena, ontem, para tentar tirar a saúde do caos na capital.
  • Contrato de R$ 30 milhões assinado com a gestão Ed 50 deve garantir a manutenção de serviços essenciais e o aprimoramento da assistência em saúde.
  • Como o governo do Estado não cumpriu a promessa de concluir a reforma do Estádio Colosso do Tapajós, os clubes São Francisco e Tapajós vão jogar pelo campeonato paraense, domingo de manhã, em Ipixuna do Pará, distante 1.334 quilômetros de Santarém.
  • Escola bilíngue no Centro de Belém contratou gerente de Educação que como primeiro ato exonerou uma jovem evangélica e recém casada.
  • Embora outros aplicativos da empresa não tenham sido afetados, uma falha, ontem, no app Meu Correios expôs milhões de dados dos usuários.
  • Pergunta (im)pertinente: já pensou se os Correios de fato começarem operar com a função de Uber?