Tenente-coronel Vicente Neto, que à época foi acusado de oferecer favores a integrantes de facção criminosa em áudios vazados do Sistema Penal do Estado/Agência Pará

Deu no que deu: a conclusão do Ministério Público do Pará sobre a conversa ocorrida entre diretores do Sistema Penal e membros da facção criminosa Comando Vermelho nas dependências de uma casa penal do Estado é de que não se tratou de um acordo entre as partes, mas de uma “possibilidade estratégica de gestão de conflito em situação de crise decorrente da sucessão de crimes executados contra policiais penais apurados desde 2020”. Ufa! Em outras palavras, segundo o MP, não houve acordo entre a Secretaria de Administração Penitenciária e a facção criminosa, embora as redes sociais e até o programa “Fantástico”, da Rede Globo, tenham mostrado justamente o contrário.

Conclusão faz
até urubu torcer bico

Interessante nas premissas da promotoria do Ministério Público é a ideia de concluir que não houve acordo, para o que até os urubus do Ver-o-Peso torcem o bico. Na verdade, não houve investigação. Pessoas foram ouvidas para se concluir pela inexistência do acordo – típica  investigação protocolar que, desde o início, já apontava o resultado agora oferecido, inclusive trazendo no pacote grave afronta à inteligência da população.

Estado inova e tem
chancela do parquet

Não bastasse, o MP destacou que a comunicação telefônica foi gerada com uso de aparelho disponibilizado pela Assessoria de Segurança Institucional da Seap para terminal cujo número foi indicado por um dos presos ouvidos na ocasião, sendo as conversações realizadas em viva voz acompanhadas por todos os presentes. A comunicação telefônica teria sido sugerida e iniciada por um dos presos entrevistados com o líder da organização criminosa. Enfim: o MP descobriu que o Estado inovou em matéria de estratégia de enfrentamento à criminalidade, ou seja, passou a conversar com criminosos ao invés de atuar firme nas investigações e repressão policial – e o pior, chancelou essa estratégia.

Veja mais em Facção criminosa

Protecionismo
ataca as bases do Brasil

Sob o pretexto de “reduzir as emissões de gases de efeito estufa e preservar florestas no mundo todo”, tramita no Congresso americano e, em novembro, em parlamentos da União Europeia, projeto que prevê barrar a importação de produtos originários de regiões desmatadas. O foco? O Brasil – e sua escalada de crescimento da produtividade no campo.

Divulgação
  • O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (foto), estará em Belém, dia 30 agora, para acertar ponteiros com o tucanato, abrindo caminho para a convenção que escolherá o candidato do partido às eleições presidenciais.
  • O que se diz é que a recepção a Eduardo Leite será do “arromba”, a partir do Aeroporto Internacional de Belém. Resta aguardar para ver quem vai dar as caras.
  • A crônica esportiva paraense começa a recorrer à maquininha para explicar qual a situação do Paysandu na Série C. Nova derrota será fatal.
  • Em meio ao aumento da tensão interna, os governadores de São Paulo, João Doria, e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio, participam hoje de debate promovido pelo do grupo Globo. Os presidenciáveis disputarão a indicação tucana em 21 de novembro.
  • A resistência do ministro da Economia, Paulo Guedes, em renovar o Auxílio Emergencial tem causado pressão da ala política do governo e de pelo menos duas instituições bancárias que apoiam a sua saída.
  • O estopim para a saída de Guedes pode ser a ideia de criar um auxílio temporário, que daria fim ao Auxílio Emergencial, mas reforçaria o Bolsa Família.
  • A proposta não agradou à ala política, que defende um ministro da Economia mais aderente às demandas sociais. A sensação é de que o fim está próximo.
  • O ministro da Cidadania, João Roma, diz que o valor do benefício social será de R$300 e previu substituir o Bolsa Família em novembro.
  • Segundo Roma, 17 milhões de pessoas poderão receber o benefício, ante 14,6 milhões hoje.