Estado silencia sobre ocupação de áreas do
Parque da Cidade porque ganha com alugueis

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Dia 3 de setembro, 2021, 13 horas.

Parece explicado o silêncio sepulcral do governo do Estado com relação ao funcionamento de um atacadão e, ultimamente, um posto de gasolina na área do Aero Clube do Pará, cedido pelo governo federal para a construção do Parque da Cidade. A Infraero, que usa sua autonomia de superintendência para fazer de Belém o que parece ser Casa de Noca cedeu, por aluguel ou coisa que o valha, a perder de vista, as respectivas áreas ao grupo atacadista Assai, do Maranhão e à empresa proprietária do posto de gasolina. Tanto um quanto o outro empreendimento desembolsam R$ 40 mil por mês, reajustáveis, com direito a prorrogações – dinheiro que, dizem, vai para o Erário estadual, que recebeu a área. O mesmo aconteceria com o valor dos aluguéis de salas que servem ao Aero Clube.

Tudo se resume a dinheiro,
 sem explicações ao contribuinte

 A gestão do aeródromo utilizado pelo Aero Clube ainda é da Infraero, mas as empresas de aviação que lá operam já tem prazo para bater em retirada rumo ao Aeroporto Internacional de Belém – 31 de dezembro deste ano, embora sequer saibam como irão funcionar. A Força Aérea Brasileira, através do I Comando Aéreo Regional, há muito não tem mais nada a ver com o imbróglio. Assim, se a Infraero o mesmo peso e a mesma medida para faturar com a cessão de áreas teve, digamos, a conivência do Estado, a quem coube licenciar os empreendimentos. Afinal, dinheiro é bom e todo mundo gosta.

Desordem total

Quem estava com a segunda dose da vacina Pfizer marcada no cartão para o dia 1 de setembro no posto da Escola Técnica Federal do Pará deu com a cara na porta. Para começar, o posto funcionava no ginásio da Escola Superior de Educação Física, onde não havia aviso sobre a transferência de local, tarefa que coube aos marreteiros de plantão. Na Escola Técnica, as funcionárias da saúde avisaram aos interessados que havia apenas vacinas da AstraZeneca. Pior: nem sabiam quantas pessoas teriam direito ao imunizante.

A cor da violência

O Atlas da Violência mostrado pela CNN Brasil aponta que os negros tem 2,6 vezes a mais de probabilidade do que os não negros de morrerem por ato violento no País. Dentre as mulheres, as negras são 67 % das que morrem por violência. Nessa linha incluem-se os pardos e, por analogia, morenos claros ou pessoas que tenham cabelos crespos. Não é citado o percentual de cidadãos com tais características e quantos vivem em  situação de vulnerabilidade, dados imprescindíveis para uma análise sociologicamente imparcial.

Questão social

Portanto, quando se dá a conotação de racismo a esses números, pode haver um grande equívoco, agravado pela manipulação de dados ou inconsistência nas informações. A questão é social e, quando resolvida, os casos isolados de racismo serão de fácil solução.

Chuva da tarde

Enquanto as demais regiões brasileiras sofrem secas constantes com a diminuição do nível das águas dos rios e suas graves consequências, o Pará tem um mês de agosto dos mais chuvosos, com a meteorologia indicando muita água ainda por vir. Mesmo os campos marajoaras, que começa a secar a partir de setembro  estão com seus açudes e lagos cheios, para felicidade dos criadores de gado, que terão capim verde e animais mais gordos e com mais leite.

Quem paga o pato

Após rejeitar a medida provisória que promovia minirreforma trabalhista, o Senado impôs uma segunda derrota ao governo e revogou regras que estabeleciam limites para os gastos de empresas estatais com planos de saúde. A equipe econômica calcula que o impacto nas empresas pode chegar a R$1,5 bilhão por ano. O governo se preocupa com a viabilidade da privatização dos Correios, já que, antes dos limites, a empresa tinha gastos de quase R$ 6 bilhões com planos de saúde. Sem a minirreforma, mais de 3 milhões de jovens ficarão sem empregos e oportunidades de trabalho.

O Brasil problema

Menções à economia ou inflação saltaram de 12% em julho para 27% como um dos principais problemas do País, segundo pesquisa divulgada ontem. Em julho, a pandemia liderava sozinha o ranking das principais preocupações, citada por 41% como o principal problema do País, acima dos 12% que mencionavam economia ou inflação. Agora, com o avanço da vacinação, citações à pandemia caíram para 28%.

  • Dizem as más línguas  que a dívida do Paysandu é  de R$ 42 milhões, mas, acrescentam, haveria algo em torno de R$ 2 milhões aplicados em bitcoin, de retorno duvidoso.
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  • Com a aprovação da Reforma Tributária, conduzida por Celso Sabino (foto), a redistribuição da Cfem e a criação do adicional de 1,5% apontam que os recursos recebidos pelos municípios paraenses serão aumentados em cerca de R$ 1,5 bilhão.
  • O Pix não veio para substituir TED e DOC nas operações bancárias, segundo o Banco Central. Mas, nove meses após sua implantação, a ferramenta, que apenas engatinha, chegará ao final do ano possibilitando saques no comércio.
  • O secretário-geral da OAB-PA e presidente da Comissão de Defesa dos Direitos e Prerrogativas, Eduardo Imbiriba, recebeu o Prêmio Ubirajara Bentes de Souza Filho, presidente da subseção de Santarém falecido em novembro de 2020.
  • A premiação reconhece os relevantes serviços prestados na defesa intransigente das prerrogativas e atuação incansável em prol do livre exercício da advocacia.
  • Por aclamação, os conselheiros secionais aprovaram a indicação do diretor seccional durante a 6ª Sessão Ordinária, no dia 5 de agosto. 
  • O Shopping Bosque Grão-Pará comemorou seis anos de atuação em Belém, no último dia 27, contabilizando a superação da crise causada pela pandemia no setor.
  • A ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, recebeu grupo de empresários e parlamentares para negociar a prorrogação da desoneração da folha de pagamentos de pelo menos 17 setores da economia.
  • O acordo em negociação reduziria de seis para dois anos a prorrogação do benefício, segundo o relator de um projeto na Câmara que prorroga a desoneração por mais quatro anos, Jerônimo Goergen.