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Polícia do Pará manda delegado
dar “legalidade a ilegalidades”
cometidas pela própria Polícia

Sábado, 3 e domingo, 4 de julho de 2021

É um quiproquó. A Polícia Civil do Pará publicou portaria que prevê dar legalidade a ilegalidades supostamente cometidas durante a gestão do delegado Alberto Teixeira, cunhado do ex-chefe da Casa Civil do governo Parsifal Pontes. O delegado Marcos Lemos foi escolhido para “limpar o meio campo”, isto é, para envernizar como legal a apressada, misteriosa, mas consentida retirada de uma torre metálica de 30 metros da área da Delegacia-Geral de Polícia para beneficiar a Fundação Educativa e Cultural Amazônia Viva. As razões da doação só o ex-delegado Alberto Teixeira (detalhe na foto) pode explicar.

Comes e bebes

Contratos assinados pela Casa Civil levam a crer que o governo do Pará prevê o imediato controle da pandemia de Covid-19 no Estado e tomara esteja certo: três contratos no valor total de quase R$ 900 mil garantem a promoção e eventos nos próximos 12 meses. Só para uma das empresas, o valor é de quase R$ 500 mil para o fornecimento de serviços de buffet. A empresa Monchik do Lar Serviços de Buffet, de Ananindeua, vai receber exatos R$ 419,2 mil nos próximos seis meses, através da área de articulação social do governo.

Tudo às claras

Outra empresa de Ananindeua, a VR3, irá receber R$ 160.999,80  mil para refrigeração e climatização de eventos. A empresa Jeffersom Estruturas, de Belém, receberá R$ 306.497,64  para serviços de sonorização e iluminação por igual período. Das duas uma: para exigir tantos serviços de buffet, ou serão muitos eventos, inclusive noturnos, daí a iluminação, ou serão eventos com muitas pessoas, ou seja, com muita aglomeração. Esses dois contratos serão administrados diretamente pela Casa Civil.

Deu a louca

Michel Pinho (foto), presidente da Fumbel, descobriu que a conta de energia elétrica da Academia Paraense de Letras era paga pela Fundação desde a administração Ajax d’Oliveira e, acredite, mandou suspender a bondade, remetendo a fatura para a APL. A conta de consumo de energia na Academia, mesmo sem o funcionamento da climatização, custa média R$ 600 por mês. Parece retaliação política – só não se sabe se contra a Academia, contra todos os prefeitos que sucederam o saudoso, ou contra o próprio Ajax.

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Cadê o telefone?

Fontes da coluna garantem que, até o momento, nem a Polícia Civil e muito menos o Centro de Perícias Renato Chaves receberam o telefone supostamente clonado do governador Helder Barbalho às vésperas de uma operação da Polícia Federal em Belém, inclusive na residência do governador. Treze meses atrás, o próprio governador anunciou a clonagem em suas redes sociais, mas as investigações do crime seguem na estaca zero. Bem, em condições normais de temperatura e pressão esse crime já teria sido desvendado.

Era uma vez

Não se voa mais na ponte aérea Belém-Brasília como antigamente. Como menos voos, para chegar a Brasília, hoje, o passageiro sai de Belém às 2 horas, chegando a Belo Horizonte às 5 horas de onde, às 8 horas, parte para Brasília. Na volta, o voo vai à Viracopos para, então, se dirigir à capital paraense. É insano do ponto de vista do passageiro, mas rentável do ponto de vista da companhia aérea, que aproveitou a pandemia para suspender o lanche e ainda cobra R$ 60 por uma poltrona “na frente”.

Pés pelas mãos

Acautelem-se os escritórios de advocacia. O “descuidismo” de suas excelências que permitiu ao Congresso aprovar a nova Lei de Licitações, em abril, deu brecha a uma tendência tenebrosa: a possibilidade de contratação de escritórios de advocacia, sem licitação, por entes públicos, com inúmeros casos já registrados no Pará. O próprio CNJ recomenda aos MPs atentar para a não existência de presunção de ilegalidade nessas contratações e a OAB, agora, cobrou sua aplicação no Estado. Parece absurdo, mas…

Livre pensar

De um observador desinteressado sobre o pedido da Ordem ao MP para aplicar a recomendação do CNJ: “Os atuais dirigentes da OAB não estão defendendo os interesses institucionais ou da maioria de seus associados, mais de uma pequena minoria que tenta por força política se apropriar de parcelas das receitas do Erário público. A contratação direta, sem licitação, para defesa geral da municipalidade, é fraude contra o poder público”.

Contas equilibradas

Especialista consultado pela coluna sobre a contratação de empréstimo de R$ 500 milhões pela Prefeitura de Belém é taxativo: a atual gestão recebeu as contas equilibradas e com folga para contrair empréstimos. A capacidade de endividamento é de 20% da Receita Corrente Líquida do município. O detalhe é que o prefeito Edmilson Rodrigues segue o exemplo do governador Helder Barbalho, cujos pedidos de empréstimos aprovados pela Assembleia Legislativa foram possíveis pelo equilíbrio das contas do governo anterior.

Puxa a descarga

Projeto de lei que tramita na Assembleia Legislativa pode resultar em mais uma daquelas medidas que acabam sobrando para o consumidor. A ideia é obrigar as empresas a colocarem banheiros em todos os ônibus que façam viagens com trajetos superiores a 100 quilômetros. A proposta pode até ser aprovada pelos deputados, mas não pelos empresários que, como se sabe, nunca concordam em arcar com esse ou qualquer custo.

  • Quem pode, pode: policial rodoviária federal é quem organiza o trânsito no interior da sede campestre da AP. Fiscaliza até o uso de máscaras.
  • Esquisito na AP vez por outra um diretor ser levado à condição de benemérito, em detrimento aos demais. Parece que só o trabalho foi importante. Pelo estatuto, a condição para se chegar a benemérito estaria sendo desviada.
  • Foi sintomática a atitude do presidente do Remo determinando ao diretor Dirson Medeiros chefe da delegação que foi à Curitiba. A abordagem da torcida no aeroporto na hora do embarque foi violenta.
  • Perguntar não ofende: é seguro determinar a volta às salas de aula depois do veraneio, com todas as aglomerações que preveem para o período?
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  • Gérson Araújo (na foto, com Lucinha Bastos) manda o aviso: a classe musical de Belém e região metropolitana está retomando as atividades a toque de caixa. Bares e restaurantes, idem.
  • Prédio abandonado na Assis de Vasconcelos com 28 de Setembro, com trânsito de veículos e pessoas a toda hora, está na iminência de desabar.
  • Nesse imóvel funcionou a Lojas Jorbém, da família Jorge Abalém, até os anos 1970. Do jeito que está, bem que merecia ser isolado pelo Corpo de Bombeiros antes que aconteça o pior.
  • A área de processos administrativos da Secretaria de Transporte do Estado segue devagar, quase parando, por conta da ausência do titular do cargo. A denúncia é de servidores da Secretaria.
  • O que se diz é que há uma pilha de processos acumulados à espera de decisão, o que configura graves prejuízos à eficiência do serviço público.
  • A avenida Júlio César, que dá acesso ao Aeroporto de Belém,  há muito deveria chamar-se avenida Júlio Cesar de Souza, o paraense de Acará dado como o precursor da dirigibilidade. O pedido dos parentes, porém, nunca foi atendido.
  • Verdade seja dita: o foco na pandemia e as discussões em torno dos atos do presidente Jair Bolsonaro serviram e ainda servem para passar “várias boiadas” no Congresso Nacional.
  • As comunidades Ressaca e Ilha da Fazenda, em Volta Grande do Xingu, tiveram as Unidades Básicas de Saúde revitalizadas pela Norte Energia, através do Plano de Ação Xingu.