Família Barbalho se pôs à janela, decorada com a presença do prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, para ilustrar o momento em que o programa é retomado em Belém. Em vídeo, ministro Jader Filho critica atraso das obras, que ocorreu justamente em governos do PT e do MDB/ Reprodução TV Liberal.
O vídeo em que o ministro das Cidades, Jader Filho, faz críticas ao atraso – sem mencionar claramente os prejuízos – do programa Minha Casa Minha Vida no Distrito de Outeiro, Ilha de Caratateua, pareceu um tiro no pé; e foi. A obra, que começou em 2014, segundo o ministro, estava paralisada, deveria ter sido entregue em 2017 e continuou parada até agora. Mas, quem teriam sido os governantes de plantão nesse período?
Contando história
Aqui vai: a presidente Dilma Roussef, do PT, assumiu a Presidência da República em 1° de janeiro de 2011 e, depois reeleita, em 2014, continuou presidente até 31 de agosto de 2016, quando houve o que os petistas, a começar pelo presidente Lula, chamam de ‘golpe’, praticado pelo MDB do então vice-presidente Michel Temer. Hoje, como se sabe, o MDB, apesar das rusgas de Temer, é mais do que aliado do governo Lula.
Àquela altura, o vice-presidente Temer, que teria aplicado o infame golpe, assumiu interinamente, em 12 de maio, com o afastamento de Dilma. Em 31 de agosto do mesmo ano, Temer passou a ocupar a presidência, depois de declarado o impeachment de Dilma, e seguiu no cargo, com pompa e circunstância, até 31 de dezembro e 2018.
Foi ou não foi?
Então, foi ou não um tiro no pé? Bem, ciente ou não dos fatos políticos, o ministro Jader Barbalho Filho criticou ontem, em Outeiro, os aliados de hoje e de ontem, desde a presidente Dilma, do mesmo partido do presidente Lula, ao MDB, partido dele, do irmão dele, da mãe dele, do pai e dele e do ex-presidente Temer – e do primo Priante.
Irmão estava lá
Outro detalhe: o ministro sequer atentou para o fato de que o irmão dele, Helder Barbalho, foi ministro tanto do governo Dilma quanto do governo Temer, ou seja, estava nas equipes dos governos que deixaram as obras do Minha Casa Minha Vida atrasadas ou paralisadas, em clara contribuição ao aumentar do problema social e ao déficit habitacional.
Das duas, uma…
Ou o ministro errou nos cálculos e acabou criticando quem não deveria, ou virou ‘sincerão’, o que parece difícil, pelas palavras sempre medidas para elogiar Lula – a cada duas palavras, Jader Filho reserva duas, das boas, para se referir ao presidente.
Papo Reto

- Não procede, pelo que se sabe, a informação de que o deputado estadual Iran Lima, do MDB, pretende disputar vaga de conselheiro no TCE.
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- Dados do Fisco estadual apontam que, na sua categoria funcional, por assim dizer, irá ganha quase o dobro de um conselheiro do TCE.
- Dizem que quem está em um pé e outro para se candidatar é o deputado Martinho Carmonas, o insaciável, que estende suas asas sobre a Santa Casa e a Secretaria de Educação. Mas há resistências.
- O chefão do Sistema Penitenciário do Pará, coronel Marco Antônio Sirotheau resolveu ser bonzinho com a OAB.
- Entre outras regalias concedidas a advogados, vai mandar comprar um microônibus para transportar causídicos e familiares de detentos dentro do Complexo de Americano.
- OAB e Faculdade da Amazônia assinaram documento que concretiza convênio entre as instituições.
- Profissionais do Direito regularmente ativos e adimplentes junto à Ordem serão contemplados com 10% de desconto no curso de especialização em Direito Processual Civil/Família e Sucessões, que será oferecido em Belém e Paragominas.
- Juízes de carreira estão insatisfeitos com a politização nas promoções ao desembargo, pelo merecimento, em listas tríplices.
- Na esfera estadual, pelo menos os agraciados devem vir dentre os mais antigos. Na esfera federal, porém, é diferente.
- O que se vê são juízes federais de pouca idade e experiência passando os antigos na base do Quem Indica, dentro e fora da corte.
- A posterior escolha pelo governador ou pelo presidente da República é outra batalha política e quem não e ‘juiz político’ fica de fora.