Parece que o Partido Social Cristão no Pará, às vésperas das eleições, está revivendo a história bíblica de Davi contra Golias. Na última quinta, o candidato a deputado federal, Melqui Negrão, esteve em frente ao Diretório Estadual do Partido em uma manifestação contra a divisão desigual dos recursos do Fundo Eleitoral. Melqui abriu live ao vivo, onde denunciou que um grupo de apenas cinco pessoas concentra mais de 80% dos recursos destinados pelo diretório nacional ao PSC-Pará.
O aperto na ferida foi tão grande que a resposta veio imediatamente: a Polícia foi acionada e – pasmem -, até um helicóptero sobrevoou o local. Tudo isso foi gravado ao vivo e postado nas redes sociais do candidato que, em seguida, lançou uma nota pública de repúdio.
Negócios de família
Prática comum na política paraense, caciques partidários distribuem os recursos entre aliados e familiares para, assim, perpetuar-se no poder. E ao que tudo indica, os atuais “líderes da direita paraense” seguem no mesmo caminho. Afinal, não se vê nenhum dos grandes candidatos da coligação questionarem o porquê de a candidata Júlia Marinho ter recebido nada mais, nada menos do que R$ 1 milhão, ficando atrás somente do próprio delegado Eder Mauro (PL), que recebeu R$ 1,5 milhão.
Ambos são os candidatos mais ricos da direita nestas eleições. E Júlia Marinho ainda tem o que comemorar, pois seu marido, Zequinha Marinho, candidato ao governo, recebeu do PL R$ 5 milhões e com certeza lhe dará ‘aquela’ forcinha.
Voz do povo, voz de Deus
Quanto à história da Bíblia, todos devem conhecer o final de Davi e Golias. A única dúvida é: quem serão os escolhidos de Deus e do povo para representar os paraenses em 2023?