Nomeado pelo presidente Lula para o recriado Ministério da Pesca, o deputado André de Paula Filho não disse a que veio em se tratando de medidas de controle e ordenamento do setor no Pará, especialmente com relação ao pargo/Fotos: Divulgação.

Ministro André de Paula despacha seis burocratas para reunião na Dinamarca bancados com dinheiro público enquanto a crise do pargo se agrava na Região Norte, inclusive em municípios do Pará, diante da omissão dos governos.

O Diário Oficial da União de ontem 21 publicou mais um capítulo da farra internacional que começa a ser desenhada com recursos públicos na área do Ministério da Pesca, ao enviar seis burocratas para a reunião da Comissão Internacional para a Conservação do Atum Atlântico, organização responsável pelo gerenciamento e conservação do atum e espécies afins do Oceano Atlântico e mares adjacentes.

Caos na pesca no Pará

O evento ocorre na Dinamarca, justamente em momento de grave crise com o pargo na região Norte, apreendido às toneladas nas indústrias de Belém, Curuçá e Bragança por conta do caos instalado na pesca, em razão da omissão dos órgãos públicos.

Nunca, jamais, em tempo algum o Brasil precisou enviar mais de dois representantes oficiais a esse fórum – representando oficial do governo e o segundo do setor produtivo, agora excluído do “passeio”.

Seis por meia dúzia

O certo é que, ao preservar praticamente as mesmas peças humanas – só trocaram de cadeiras – do governo anterior e fazer vista grossa aos temas que de fato precisam ser debatidos e deliberados em favor da pesca brasileira, o recriado Ministério da Pesca vai dando mostras de que a retórica da transição vai ficando para trás, perpetuando a máxima da troca de “seis por meia dúzia”.

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