Enfim, alguém pensa grande: a mineradora Hydro está investindo para usar nas caldeiras da Alunorte uma energia renovável com ampla oferta no Pará: o caroço do açaí. Em parceria com a Faculdade de Engenharia Mecânica da Universidade Federal do Pará, UFPA, a empresa trabalha na avaliação da viabilidade técnica-econômica do uso desse resíduo como combustível nas caldeiras da refinaria de alumina, localizada em Barcarena. Com duração de um ano e investimentos de cerca de R$ 500 mil, a pesquisa analisará os requisitos técnicos e logísticos para uso do caroço em escala industrial, além de estudar o aspecto social e ambiental do uso do caroço do açaí como um combustível renovável. 

Inflação galopante: 1,7 milhão
de paraenses na ponta da faca

As constantes pesquisas do Dieese reforçam o peso da inflação no orçamento das famílias no Pará, começando pela cesta básica, sem perder de vista os fortes aumentos nos preços do açaí e do pescado nosso de cada dia, até chegar aos absurdos aumentos nos preços dos combustíveis. Dizer que está tudo caro não basta e apontar reajustes que vão a mais que o dobro da inflação nacional, muito menos. O certo é que para mais de 1,7 milhão de paraenses que trabalham e recebem apenas um salário mínimo por mês – mesmo falando do novo valor de R$ 1.212,00 -, a situação é crítica.

De mal a pior

Do dinheiro que entra por mês, metade está invariavelmente comprometida com a alimentação, sobrando quase nada para transporte, saúde, habitação e demais necessidades. Em tempo de inflação alta que corrói o poder de compra também traz a perda direta de consumo, a insegurança alimentar, os cortes de energia elétrica, de água, despejos e, em casos mais extremos, a perda de saúde. A inflação alta também pode e deve ser medida pela piora forte na condição social das famílias.

• De um ex-delegado-geral da Polícia Civil do Pará, referindo-se às vãs promessas do governador Helder Barbalho aos integrantes do Sistema de Segurança Pública: “Dos delegados e de seus agentes, muito menos! Nunca este governo deu um centavo de reajuste aos servidores da PC. Fato”.
• Atento observador garante que o diretor-superintendente do Sebrae, Rubens Magno (foto), só cai se quiser, inclusive “para cima”. Explica-se: Além – digamos – da “sombrinha” do deputado Chicão Melo, Magno está sob o “guarda-chuva” de Jader Filho.
• A deputada Elcione Barbalho esteve nesta semana em Bragança praticando um ato que repete religiosamente desde se elegeu pela primeira vez, 24 anos atrás, mais ou menos: entregando cadeiras de rodas. Não é o uso de muletas que faz o aleijão?
• Hoje, sábado, o Instituto Altair Brandão faz a festa da caça ao voto com o meu, o seu, o nosso dinheirinho. Ação programada para a sede do Instituto, à José Bonifácio, 2626, prevê a entrega de 400 carteiras de identidade e outros serviços de cidadania, diz que.
• Carteiras de identidade são produzidas sob encomenda pelo Estado e pagas com dinheiro do contribuinte. Ao longo do ano, milhares são entregues a políticos da preferência do governo e servem como instrumento de troca política: carteira versus voto.
• A “jornada” de hoje, que começa a partir das 8 horas, tem apoio do vereador Altair Brandão, do deputado federal José Priante e do Governo Helder Barbalho, diz o folder.
• A PA-275, que liga Eldorado dos Carajás a Parauapebas, asfaltada e entregue pelo governo do Estado há menos de um ano, já se desmilinguindo, para desespero de caminhoneiros e demais condutores.
• Aliás, inexplicavelmente, só agora alguns trechos de acostamento estão recebendo pintura asfáltica, em pleno inverno amazônico. Em tempo: não se sabe o que mais abunda na rodovia estadual: buracos no asfalto de R$ 1,99, ou “araras” eletrônicas.
• A OAB promoveu, na ultima quarta, o 1º Colégio de Presidentes de Comissões, triênio 2022-2024. O presidente Eduardo Imbiriba e seu staff conduziram os trabalhos. Na oportunidade, foi apresentada a nova Coordenadoria de Comissões Temáticas.
• A coluna deseja a seus leitores um carnaval de paz. Afinal, nem tudo acaba na Quarta-feira de Cinzas.