A convenção do MDB, sexta-feira que vem, para homologação da candidatura de Helder Barbalho à reeleição, deverá ser uma demonstração de força política jamais vista no cenário paraense, dada a possibilidade de o governador se reeleger com a maior votação proporcional do Brasil, segundo apontam as pesquisas divulgadas no Estado. A virtual candidata a vice na chapa será anunciada na mesma data.

Unindo grandes legendas – PT, PSDB, PSD, PSB, Psol e outras menos votadas -, e montado em orçamento bilionário, oriundo de diversas fontes em quatro anos de mandato, Helder Barbalho regou generosamente quintais nos 144 municípios paraenses, inclusive de prefeitos bolsonaristas, desde que o apoiem à reeleição.

Na capital, enquanto o jornal da família Maiorana agregou-se ao presidente Bolsonaro, o da família Barbalho produz matérias semanais do senador Jader Barbalho cobrando os descasos do governo federal para com programas sociais, científicos e ambientais, e notícias desabonadoras do presidente. 

A ficha de Beto Faro

Simone Tebet, a candidata a presidente pelo MDB tem sido abandonada a cada esquina pelos cardeais do partido – e no Pará todos sabem do compromisso de Helder com o ex-presidente Lula, mas nem tanto com a candidatura de Beto da Fetagri ao Senado, mas só agora começa a cair a ficha do petista. O governador monitora candidatos como Flexa Ribeiro, Mário Couto, Manoel Pioneiro e Beto Faro digladiando-se entre si, com a noção de que vença o melhor – menos Mário Couto. Por precaução, Helder recomendou ao seu staff que defenda o voto útil para elegê-lo e a Lula em primeiro turno.

Os caminhos de Marina

Enquanto isso, a presidente da Rede, Marina Silva, está entre aceitar a vice de Fernando Haddad para o governo de São Paulo ou disputar uma cadeira para a Câmara Federal, com possibilidade de eleger uma robusta bancada. Seria talvez a salvação da Luíza Trajano, a toda  poderosa dona da rede Magazine Luiza, sua maior apoiadora, de reerguer seus negócios. A mesma coisa se fala do dono Havan, Luciano Hang, que deve aos bancos mais que suas lojas valem e por conta com ser eleito junto com Bolsonaro. 

• Em todas as rodas em Bragança, o comentário é de que o novo bispo, Dom Possidônio da Mata, já foi “dominado pelo sistema”.
• Não mexeu em nada na diocese, Rádio Educadora e Hospital Santo Antônio Maria Zacaria. Tudo continua como dantes…
• O sistema de registro de ocorrências da Secretaria de Segurança Pública do Pará está fora do ar desde início da semana.
• Não se trata exatamente da noção de que tudo corre às mil maravilhas no setor. Desde terça, não se consegue fazer um BO sequer…
• Embora com eleição marcada para fevereiro do ano que vem, a situação já tem candidatos para a nova diretoria da Associação dos Cronistas e Locutores Esportivos, a Aclep.
• A chapa terá Geisel Lopes, presidente, e Danilo Augusto, da Rádio Pérola, de Bragança, vice. A oposição tenta formar chapa com Newton César na cabeça.
• Trechos inteiros da avenida Júlio Cezar, que leva ao Aeroporto Internacional de Belém, estão sem iluminação noturna. O risco é a alta velocidade do tráfego e a falta de fiscalização.
• Fervilhando de gente, Salinópolis continua com carência de caixas eletrônicos. Há um caixa operando em um supermercado no centro da cidade; na Praia do Atalaia, nenhum.
• Aliás, apenas uma rede de farmácias atentou para a inexistência, até o início deste ano, desse importante estabelecimento para a saúde da população, e abriu uma filial no Atalaia, que permanece carente: a farmácia não dispõe de, por exemplo, um simples termômetro.
• As mangueiras continuam a ameaçar os sepulcros no Cemitério de Santa Izabel. A solução seria uma poda por guindaste, mas, se os mortos não fizerem uma vaquinha para compra do equipamento, não  se espera solução da parte da prefeitura.
• Vem de tornando corriqueiro em Belém, Icoaraci e Mosqueiro, na hora da coleta do lixo, gari pedir dinheiro nas casas, sob alegação de salários atrasados.