Ex-governador ingressou com pedido de informações sobre supostas investigações envolvendo seu nome e de sua família junto ao delegado-geral, Walter Resende, mas não obteve resposta até o momento/Fotos: Arquivo-Agência Pará.

Em vídeo que circulou ontem à noite nas redes sociais, o ex-governador Simão Jatene botou em pratos limpos, como se diz, boatos segundo os quais ele e a família seriam os próximos alvos do governo do Estado. A informação circulou no início deste mês, depois das notícias de que, com as alterações introduzidas na Lei Eleitoral sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro, o ex-governador estaria tecnicamente habilitado a uma eventual candidatura nas próximas eleições, concorrendo diretamente contra Helder Barbalho. Àquela altura, dada essa possibilidade, os comentários apontavam para supostas investidas da Polícia do governador contra Jatene, segundo ele, “para criar factoides”.

Ex-governador afirma
que está pronto a esclarecer

No vídeo, ao se referir às “manobras do governo na busca de calar toda e qualquer voz que denuncie sua visível falta de realizações; explosão do gasto em propaganda para esconder repetidas denúncias de mau uso e desvio de gigantescas somas de recursos públicos, bem como o uso político de grupos policiais para perseguir e intimidar desafetos”, Jatene vai ao ponto, informando que ingressou, 15 dias atrás, com pedido de informações junto ao delegado-geral da Polícia Civil, Walter Resende, sobre qualquer investigação instaurada contra e a família. Como até agora não recebeu resposta, veio a público para esclarecer, tanto quando manifestou o mesmo interesse no documento encaminhado ao DG.

Tem “gavião” no pedaço?

Moradores do Distrito de Icoaraci, na Grande de Belém, relatam intensa movimentação de “pessoas estranhas à comunidade” nos últimos dias, o que os leva a acreditar que está em curso o que suspeitam ser um serviço de instalação de “grampos telefônicos”. As informações chegaram à coluna logo depois do início da circulação do vídeo do ex-governador Simão Jatene sobre a cobrança feita junto à Delegacia-Geral da Polícia do Pará. Pode ser qualquer coisa, inclusive nada, mas, em se tratando de governo que acha que tudo pode…