A Região Metropolitana de Belém é um dos casos mais graves no trânsito na Região Norte: excesso de veículos para a atual malha viária, fiscalização frouxa e obras infindáveis fazem do cidadão refém de engarrafamentos diários/Divulgação.

Uma das informações impressionantes presentes na Pesquisa CNT Rodovias é o crescimento da frota de veículos na Região Norte do Brasil. No período de 10 anos, esse aumento foi de 103,1%, enquanto em todo o Brasil foi de 66,5%. Em números absolutos, em 2010 havia exatos 2.849.014 veículos circulando nos Estados da Região Norte, número que subiu para 5.785.095 veículos, mais que o dobro, portanto. No País, a frota de veículos subiu de 64.817.974, em 2010, para 107.948.371 em 2020. Esse é um dos motivos apontados pela pesquisa para o estado desalentador das rodovias brasileiras, já que a velocidade com que se produzem veículos não é acompanhada, nem de longe, pelo crescimento, pela manutenção ou pela pavimentação da malha viária nacional.

Degradação da infraestrutura
avança com falta  de fiscalização

As deficiências de planejamento na execução e na manutenção das estradas, a degradação das infraestruturas pelo elevado fluxo de veículos e a carência de fiscalização na pesagem dos carros de carga contribuem para agravar o problema. No Brasil, vale lembrar, 65% da movimentação de mercadorias e 95% da movimentação de passageiros dependem do modal rodoviário. A edição deste ano da pesquisa CNT Rodovias fica claro que as condições para esse transporte estão se deteriorando ano após ano.

Investimentos federais são
incompatíveis com necessidade

Estudo relacionado com a pesquisa estima que seria necessário um investimento de R$ 496 bilhões na infraestrutura rodoviária brasileira para bancar a construção, pavimentação, duplicação, recuperação e outras adequações necessárias diante do panorama atual. Mas, de 2011 a 2020, o investimento feito pelo governo federal não chegou a 22% deste valor.