Justiça Federal determina ao Instituto incluir processo que tramita há 30 anos na pauta até o dia 28 de fevereiro e, em caso de pedido de vista, que o processo seja incluído na reunião seguinte. Fordlândia, distrito de Aveiro, conta hoje 2 mil habitantes e integra o portfólio da herança deixada pelo norte-americano Henry Ford no coração da Amazônia nos anos 1920/Divulgação.

A Justiça Federal de Itaituba determinou que até o dia 28 de fevereiro de 2022 o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional inclua na pauta de quaisquer das reuniões de seu conselho consultivo o processo que trata do tombamento do patrimônio histórico, artístico e arquitetônico de Fordlândia, distrito de 2 mil habitantes pertencente ao município de Aveiro, região oeste do Pará. Se houver pedido de vista, o processo deverá ser incluído na próxima reunião – ordinária ou extraordinária – até o dia 31 de março. A inscrição no livro de tombo deverá ocorrer até 31 de maio de 2022.

Segundo a Justiça Federal, o processo de tombamento tramita no Iphan há mais de 30 anos, o que levou o Ministério Púbico Federal a ingressar, em 2015, com ação civil pública para acelerar procedimentos que garantam a preservação do patrimônio histórico do distrito. Fordlândia foi sede do empreendimento implantado nos anos 1920 pelo magnata norte-americano Henry Ford (1863-1947), que pretendia criar o centro que deveria suprir de borracha, exclusivamente, a nascente indústria automobilística nos EUA.

A arte de tornar Belém
sem graça, feia e de mau gosto

Quando o Edifício Pérola, na Dr. Moraes, com Brás de Aguiar, pertencia ao irreverente Hélio Castro, era o que se poderia chamar de um dos cartões postais da cidade de Belém do Grão Pará. Anos depois, foi adquirido pelo portentoso Conselho Regional de Engenharia e Agronomia, que construiu um monte de puxadinhos para cima e  pelas laterais que, além de enfeiarem o vistoso prédio, passaram o velho e conhecido atestado: em casa de ferreiro, o espeto é de pau. Ficou feio para a cidade e pior para o Conselho.