Renê Sousa, titular da Secretaria da Fazenda do Estado e apontado como “secretário com poderes restritos”, estaria inclinado a reduzir os valores pagos a título de produtividade aos auditores fiscais, com quem não mantém boas relações/Fotos: Agência Pará.  

Os auditores fiscais do Estado abriram guerra contra o secretário da Fazenda do Estado, Renê Sousa, e articulam adotar operações para desacelerar o funcionamento da fiscalização por todo o Pará. O secretário Renê Sousa, conforme voz corrente, é tido e havido como uma espécie de “rainha da Inglaterra” no comando do Fisco estadual – aquela que reina, mas não governa -, dada a influência sem precedentes de servidores do alto escalão ligados ao governador Helder Barbalho – especialmente no controle de setores mais sensíveis da Secretaria, como a fiscalização de mercadoria em trânsito.  

Não à toa, desde ontem, entraram em cena, para tentar apagar o incêndio, a ex-secretária de Planejamento e Administração, Hanna Ghassan e o ex-chefe da Casa Civil Iran Lima, além da secretária de Educação, Elieth Braga, todos eles auditores fiscais da Secretaria. A ordem é negociar uma saída e evitar prejuízos à arrecadação do Estado em ano eleitoral. A fogueira das vaidades arde na Sefa.

Diálogo quase zero

O que se diz é que, na ausência do governador Helder Barbalho, o secretário Renê Sousa tenta mexer administrativamente na gratificação de produtividade dos auditores e fiscais e, colmo manda a regra, quando essas providências atingem os bolsos a bolha explode. A verdade é que Renê Sousa não alimenta boas relações com o grupo de carreira da administração tributária da Secretaria, em especial com os auditores fiscais, com os quais o diálogo é quase zero. Também pesa nesse imbróglio a obediência dos fiscais a outros comandos.

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Empresa tenta baratear
preço da energia elétrica
para famílias com autistas

Todo mundo está careca de saber que o governo do Pará taxa o ICMS no consumo de energia elétrica e dos combustíveis em mais de 30% porque incide sobre o consumo e demais tributações. É um dos maiores do Brasil e só livra a cara das famílias que consomem até  100 quilovolts de energia elétrica, isentas dos impostos segundo lei criada no governo Ana Júlia. A título de comparação, a média dos Estados brasileiros é de 17%, e Brasília, 12%, justamente onde os salários são os maiores do País.

Governadores se recusam

Os governadores são convocados a reduzir a cobrança para tentar baratear esses itens tão importantes para a economia, mas parece que  nenhum deles quer abrir mão de uma arrecadação que sustenta os cofres estaduais mesmo em tempos de muito dinheiro na conta. Segundo cálculos aproximados, os Estados receberam da União R$ 380 bilhões, e os municípios, R$ 170 bi nos últimos anos e o que se viu foram denúncias de desvios, compras irregulares e superfaturamento de obras, com ativa participação da classe política. Agora, correndo por fora, a concessionária de energia elétrica do Pará orienta famílias que têm pessoas autistas a fazerem um cadastro para ter direito à tarifa social, bem mais em conta que a comum.

Papo Reto

Divulgação
  • Extraído de um grupo de Whatsapp de Castanhal: buscando aparecer a qualquer custo, já que não faz muita coisa, o vereador Nenca da Cohab chama de “picaretagem” o CredLivro que será destinado aos servidores do magistério, em Castanhal.
  • Mesmo com a planilha em mãos com todos os valores discriminados, o legislador não conseguiu sequer fazer uma conta simples e pediu vista do projeto.
  • Pelo menos agora já se sabe o porquê de o vereador não gostar da classe dos professores: parece que nunca foi muito bem na escola…
  • Por pouco o Pará não perdeu o esportista Zezé do Boxe (foto), que fazia corrida próximo ao Ver-o-Peso e foi atacado por dois ladrões vindos da “cracolândia” da Ladeira do Castelo.
  • Deu para safar-se de três facadas. Embora tenha perdido o telefone celular, Zezé teve a vida preservada.
  • Enquanto presos chegam a pagar R$ 15 mil para obter um telefone celular em cadeias brasileiras, projetos que preveem o bloqueio de sinais criam bolô há mais de dez anos no Congresso Nacional.
  • As voadoras retomaram serviço de bordo em voos nacionais, seguindo cada uma o seu calendário. O uso de máscaras dentro do avião e nas áreas restritas dos aeroportos segue obrigatório, por determinação da Anvisa.
  • Aproxima-se de 1 mil o número de  casos de “varíola dos macacos”  mundo afora, enquanto a OMS prepara orientações e recomendações a serem liberadas sabe Deus lá quando…
  • Finalmente, o Senado aprovou a MP da renegociação do Fies; estudantes que fazem parte do CadÚnico poderão se habilitar a  desconto de até 99% do valor devido.