Associação de profissionais de nível superior da Universidade publica nota de repúdio contra Reitoria por atribuir indicação de conselheiros ao corpo docente da instituição/Fotos: Divulgação

As trapalhadas da Reitoria da Universidade Federal Rural da Amazônia ultrapassaram as fronteiras do Pará e têm efeito de tsunami no gabinete da professora Herdjania Veras, que ocupa o cargo há menos de um ano. Nesta semana, a associação dos profissionais de nível superior da Ufra, seção do Atens Sindicato Nacional, publicou nota de repúdio contra o que classifica de “investida da Reitoria contra as conquistas  das classes trabalhadoras” da comunidade Universitária.

O ponto chave se refere à composição e  escolhas de integrantes dos conselhos universitários – Consun, Cinsepe e Consad. Esse episódio, já noticiado pela coluna, teve ampla repercussão dentro e fora do ambiente acadêmico e “exige de todos nós uma clara defesa das liberdades democráticas e do respeito à  institucionalidade universitária, ameaçadas por um conjunto mais amplo de ataques à  liberdade de expressão, ao assédio moral e ao desenvolvimento da gestão autônoma e  democrática e compartilhada, que ferem o ensino, a pesquisa e a extensão, gerando  atropelos ao desenvolvimento do conhecimento científico”, diz o documento.

Composição equivocada

Segundo a nota, “liberdade e ciência são  valores caros à universidade como instituição, mas, antes de tudo, constituem-se bases  para qualquer sociedade que aspire à justiça, à igualdade e ao bem-estar”. “Assim”,  acrescenta, “repudiamos a forma como os conselhos estão sendo formados, por indicação de  gestores”, como determinado em e-mail da Reitoria às direções de instituto, campi e coordenações: a escolha de docentes pelo sindicato docente, a falta de paridade, já bem definida nos ordenamentos regimentais.

Reitoria não responde

O documento encerra destacando que, “em outros momentos, essa seção buscou diálogo com a atual gestão da Universidade  através do protocolo de ofícios e reivindicações, porém, até a presente data, não tivemos  retorno”. “Este manifesto representa nossa obrigação em ficarmos atentos, repudiar e intervir  quando necessário contra toda e qualquer medida que fira os valores democráticos da  comunidade acadêmica”. 

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