Se bem andou, o delegado Samuel Igaki já deve ter ligado todas as escutas possíveis e imagináveis para saber o que lhe espera no comando da Secretaria de Administração Penitenciária do Estado. Igaki é considerado especialista na área Inteligência, com uso da cibernética, e contabiliza mais tempo de escutas do que de falas. Tem sido assim desde que foi aprovado em concurso da Polícia Civil do Pará, vindo de São Paulo, com um currículo de graduação em Direito pela Pontifícia Universidade Católica, a famosa PUC. Veja o Vídeo:
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Pé de cá te espero
Novo em Belém, Igaki se abrigou sob o guarda-chuva de um ex-capitão da PM – com direito a casa, comida e roupa lavada – que depois viria a ser delegado-geral da Polícia Civil – Alberto Teixeira -, cuja pipa pega ventos até hoje soprados pelo cunhado Parsifal Pontes, marido da ex-deputada Ann Pontes, possível conselheira do TCE Estado e amigo íntimo da família Barbalho. Nesta segunda, ao assumir a vaga deixada com a saída de Jarbas Vasconcelos na Seao – empurrado que foi pelo governador Helder Barbalho para disputar vaga na Câmara Federal -, Igaki terá o primeiro teste de fogo pela frente: a manifestação da Polícia Penal contra a manutenção de DAS estranhos ao quadro da instituição em funções de diretor e coordenador de Segurança e Administrativo, herança de Jarbas.
Arthur dormiu no ponto
A nomeação de Samuelson Igaki para o cargo ocorreu pelas mãos do deputado federal Beto Faro. Ao exigir de Jarbas Vasconcelos que deixasse o cargo para concorrer à Câmara Federal – Jarbas gostaria de disputar o Senado -. Helder aceitou manter o coronel Arthur na vaga, mas os acontecimentos se precipitaram. Beto Faro, candidato de Helder ao Senado, e “ponte” da empresa responsável pela venda de combustíveis ao Sistema Penal, exigiu a nomeação de Igaki e assim foi feito: o coronel Arthur apenas dormiu secretário. Nem por isso o alto comando da Seap deixou de fazer festa no Ciesp, antigo presídio desativado e reformado. Foi a despedida de Jarbas e as boas vindas para Samuelson Igaki.
