Helder Barbalho pretende disputar a reeleição, mas tem graves pendências na Justiça envolvendo denúncias de corrupção e desvio de recursos públicos. Seu eventual opositor, ex-governador Simão Jatene, enfrenta ação no STJ que o acusa de abuso no uso de cheque moradia em 2014, contra a qual já recorreu. Para onde irá pender a balança da Justiça?/Agência Pará.

A rigor, a eleição para escolha do novo governador do Pará está no tapetão e envolve dois personagens de peso: o atual governador do Estado, Helder Barbalho e o ex-governador Simão Jatene. Helder, segundo pesquisa divulgada por veículos de comunicação da família Barbalho, contaria, hoje, pouco mais de 40% das intenções de votos – mas tem contra si um amontoado de processos e denúncias de mau uso e desvio de dinheiro público oriundo de repasse federais para o combate à pandemia, tendo sido alvo, no Palácio do Governo e na própria residência, de operações da Polícia Federal como jamais se viu no Pará. E diz a lenda que tem bala na agulha, isto é, muito dinheiro para se reeleger. Na outra ponta está o ex-governador Simão Jatene, ainda sem partido e recorrendo contra ação no STJ que o acusa de abuso de poder na eleição de 2014. Os presos e as medidas estão com a Justiça.

Sem partido e sem meias
palavras,  ex-governador diz o que pensa

Em entrevista exclusiva à coluna, o ex-governador Simão Jatene confirma que recorreu da decisão do STJ em processo onde identifica “manipulação de informação” por parte do atual governo do Pará e “uma sequência de equívocos”. Na mesma batida, garante que, pelas informações que tem, a Assembleia Legislativa arquivou o processo em que teve suas contas de governo rejeitadas, depois de aprovadas pelo TCE, sugerindo uma pirotecnia do governo e dos deputados para tirá-lo das próximas eleições. Tanto esse processo – que na prática perdeu objeto -, quando a ação no STJ fazem parte da “máquina de guerra” do governador Helder Barbalho para evitar o confronto com o ex-governador em 2022.

Sindilojas elege nova diretoria
no meio da rua. Cena bizarra.

O quórum estava acima do número necessário para a convenção estranhamente marcada para sexta-feira, véspera do Natal. O problema é que as portas da sede do Sindicato estavam cerradas e monitoras por uma câmera indiscreta colocada pela atual diretoria, provavelmente para registrar os “presentes”. A convenção previa a escolha da nova diretoria, com apenas uma chapa inscrita pelo empresário Eduardo Yamamoto e associados, inclusive integrantes da atual gestão. Nesse ambiente francamente hostil, a convenção elegeu oficialmente  a nova diretoria, com respaldo da assessoria jurídica. Resta esperar janeiro chegar, fim do mandato atual e ver no que vai dar, isto é, se receberão ao menos as chaves do Sindicato há décadas controlado pela família (Jorge e Joy) Colares.

Papo Reto

Divulgação

O que se diz é que o governador Helder Barbalho estaria inclinado a nomear para o comando da Polícia Militar uma mulher. Trata-se da tenente-coronel Simone Franceska (foto), promovida recentemente ao posto.

A militar, para quem não lembra, aparece no desfile oficial de posse do governador diante do batalhão da PM e tem na ficha a responsabilidade pela maior apreensão de drogas já ocorrida no Pará – em Barcarena -, onde é comandante.

Nos quartéis, a expectativa não era exatamente essa. Previa a ida do atual comandante, coronel Dilson Júnior, para a Secretaria de Segurança Pública, e o coronel Pedro para a PM.

A opção de Helder atende pedido de uma senhora muito influente na sua vida política e particular – e não é a mãe dele, deputada federal Elcione Barbalho.

O Paysandu anuncia que quitou a dívida com Arinelson, maior credor do clube, deixada como herança da administração Arthur Tourinho.

São cada vez mais intensos os apelos, sobretudo nas paróquias de bairros da periferia de Belém, pela doação de alimentos. A Igreja Católica tenta mobilizar pessoas e instituições, dado o grande número de pessoas que procuram as secretarias dessas instituições na busca do que comer.

No bairro da Terra Firme, já há registros de casos de atendimentos na UPA e nos Postos de Saúde por desidratação e outros problemas grados pela fome extrema – e mesmo com os apelos, as doações seguem escassas.

 Técnicos da Anvisa receberam milhares de ameaças enviadas por e-mail depois de anunciarem o início da vacinação de crianças de 5 até 12 anos, iniciativa tomada em quase todos os países desenvolvidos do mundo.