Então, fica combinado assim: o governador Helder Barbalho fez que foi para o Egito, mas ficou aqui mesmo. Explica-se.

Ao passo em que cumpriu a regra republicana segundo a qual, ao se ausentar do País, deve passar o cargo ao vice-governador, no caso, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Chicão Melo – uma vez que despachou o vice eleito, Lúcio Vale, para a vitaliciedade do cargo de conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios -, Helder, em respeito à sagrada propaganda política com a qual e pela qual se move, manda às favas os prurido republicanos, ignora seu vice e trata assuntos de Estado com a vice-governadora eleita, Hana Ghassan, que só assumirá dia 1º de janeiro e se encontra em Belém, direto do Cairo, como se o vice de plantão fosse mera figura decorativa – e parece que é.

Direto ao ponto

Em vídeo que fez circular em suas redes sociais, ontem, o governador aparece com cara de quem passou quase o dia inteiro viajando para anunciar que chegara ao Egito e que acabara de tratar com a vice-governadora eleita a liberação de transporte gratuito para estudantes que se submeterão às provas do Enem amanhã e no próximo domingo.

Alma do negócio

Segundo o governador, ‘catraca livre’ para os estudantes é uma ação do governo do Estado com os municípios, com quem Hana Ghassan estaria tratando, enquanto, pelo visto, nada tratou com o nobre deputado Chicão Melo.  Bem, além de ilegal, a atitude do governador representa um baita desrespeito ao vice-governador em exercício de direito, seu fiel aliado, mas, afinal, a propaganda é a alma do negócio.