Em dois anos, o serviço público do Estado já absorveu quase 2 mil servidores contratados através de processos seletivos simplificados, os chamados temporários, enquanto segue promovendo concursos públicos organizados por empresas de conduta duvidosa, mas não convoca candidatos aprovados, um público estimado em mais de 15 mil pessoas. O empreguismo se estabeleceu de tão modo no Pará que até corporações militares como a PM e o Corpo de Bombeiros poderão ter lá seus temporários – o projeto, que está na Assembleia Legislativa para aprovação, foi apenas adiado, e prevê enfiar goela abaixo da população cerca de 8 mil policiais a serem escolhidos ao bel prazer dos mandantes.
Nem MP, nem deputados:
está tudo sob controle
Observadores da cena desenhada pelo governo Helder Barbalho avaliam que não há mais controle dos órgãos de fiscalização sobre as ações do Estado. A passividade oficial envolve principalmente o Ministério Público e a Assembleia Legislativa: o primeiro porque se limita ao silêncio – se bem que, no interior, promotores denunciam à Justiça prefeitos cuja administração não promove concurso público e pratica o nepotismo; já suas excelências os deputados, com raríssimas exceções, porque aprovam o que dá na telha do governador.