Em tempos de alta temporada, nada pior para os condutores do que trafegar nas estradas que levam a balneários como Bragança e Salinópolis, com vias recentemente recuperadas ou ainda em obras a custos milionários e já em péssimas condições. Reinaugurada há menos de dois meses, parte da ponte Bragança-Ajuruteua ruiu; em Salinópolis, o acesso à Praia do Atalaia também apresenta problemas/Fotos: Divulgação-Agência Pará.

Mesmo com tanto asfalto derramado por todo o Pará, o governador Helder Barbalho não conseguiu, em quase quatro anos, dar bom termo à malha rodoviária do Estado, isto é, em algumas regiões, a trafegabilidade, apesar de obras milionárias, segue atormentando a vida dos condutores. É o caso da região nordeste do Estado, com estradas que demandam grande movimentação, especialmente neste período de férias escolares.

A rodovia PA-424, que leva do Distrito Colônia Santo Antônio do Prata para a sede do município, Igarapé-Açu, por exemplo,  está sendo “pavimentada” pela empresa do ex-prefeito Antônio Doido, aquele que, na pandemia, comprou 1. 150 caixões de um empresário amigo por R$ mais de R$ 1,4 milhão prevendo a morte de tantos quantos.

Antes da inauguração, a estrada já está cheia de buracos e acumula muita água na pista. O resultado é que o governador, que tem pressa na agenda, está cobrando a obra e deixando a Secretaria de Transporte em situação vexatória. Não dá para passar uma borracha e apagar o erro.  

A caminho da Atlântica

Outra situação desgastante para o governo é a estrada de Salinópolis, cuja recuperação de trechos, até o mês passado, andou causando graves acidentes, e até morte. A obra parece ter sido feita pela mesma empresa, uma vez que os problemas são quase os mesmos: buracos na pista e água acumulada. Na PA-124 o acostamento, construído recentemente, já está se esfarelando. Idem para a PA-444, que leva à Praia do Atalaia, com equipes trabalhando para amenizar o problema.

As mesmas informações valem para a chamada “Rota turística”, PA-242, trecho entroncamento com a PA-324 – Igarapé-Açu-Castanhal, onde a conservação é zero.

A ponte que sempre cai

Parece que o governador Helder Barbalho tem alguma paúra com pontes; só pode. Em seu governo de apenas quatro anos, ruiu a Ponte da Alça  Viária,  balançou a Ponte de Outeiro e agora é a maior ponte da Bragança-Ajuruteua, sobre o Furo Grande, obra do governo Almir Gabriel, que está cedendo,  por isso interditada em um dos sentidos.  O trânsito fica complicado,  o humor da população e dos visitantes azeda,  e o governador não está sendo exatamente elogiado. A recuperação da ponte foi inaugura há menos de dois meses.

Para baixo o santo ajuda

O Dnit também é um complicador nas estradas federais no Pará. Após gritaria generalizada das populações de Bragança, Augusto Corrêa,  Viseu e Tracuateua,  o órgão andou fazendo um tapa-buraco bem rastaquera na BR-308, próximo de Bragança. Só que a bagaceira,  no caso, o grosso da buraqueira está bem longe dali, entre Vila Fátima, em Tracuateua, e Vila Nova Assis, em Capanema, trecho de apenas 20 quilômetros de 62 do total. Aí já viu: gritaria generalizada das populações outra vez. Tem gente vendo “birra” do Dnit, mas não é. Basta ver a buraqueira de Benevides a Santa Izabel…