Avenida completamente às escuras é um convite à violência. Tamanho descaso do poder público jamais foi visto por moradores da área, que temem sair de casa ou mesmo voltar; mesma situação afeta comunidade acadêmica e servidores da Ufra/Fotos: Divulgação-Redes Sociais.
Tempos atrás, alunos que chegavam ou saíam das instalações da Universidade Federal Rural da Amazônia, a Ufra, se queixavam da insegurança na área. Nos dias de hoje, as reclamações não se restringem às imediações da Universidade, nem aos seus alunos e servidores, mas a toda comunidade assentada ao longo da avenida, que dá acesso entre o bairro do Marco, a partir da avenida Almirante Barroso, ao campus da UFPA, no Guamá.
A avenida é uma escuridão só. Parece que alguém programou o apagão, porque, à noite, não tem viva alma que não se preocupe, seja simplesmente transitando na região, agora interligada a diversos outros bairros de Belém, chegando ou saindo de casa para trabalhar. Um posto de gasolina instalado na Perimetral perdeu a conta dos assaltos que sofreu.
“Sopa para o azar”
Gente que mora nas imediações da Perimetral há mais de 20 anos jura de pés juntos que jamais viu coisa igual. As comunidades adjacentes fazem coro. Em uma cidade que diz estar ‘pacificada’, com índices de criminalidade beirando o zero, submeter comunidades inteiras à escuridão total equivale a dar ‘sopa para o azar’.
Sem falar que as redes sociais têm mostrado inclusive assaltos a mão armada em plena luz do dia. Com reféns.