A Escola “Maria Gabriela” recebeu um lote de peças de frango para adicionar à merenda escolar, mas perdeu tudo: a Secretaria de Educação deixada pela fiscal de rendas Elieth Braga, agora responsável pelo planejamento do Estado, não tem como acondicionar produtos perecíveis/Fotos: Divulgação-Redes Sociais-Whatsapp.

O tempo que a então secretária de Educação do Pará, a fiscal de receitas Elieth Braga, hoje acomodada na Secretaria de Planejamento e Administração do governo do Estado – dedicou para contratações milionárias de empresas, inclusive para capinar quintais – de escolas -, as escolas da rede pública do Estado perderam: perderam obras importantes, perderam merenda escolar de qualidade, perderam alunos e perderam tempo e dinheiro. A educação, enfim, foi pelo ralo.

O mapa do desperdício

Agora mesmo, denúncias encaminhadas à coluna apontam que a Escola de Ensino Fundamental e Médio “Maria Gabriela Ramos de Oliveira”, localizada no Conjunto Maguari, em frente – acredite – a uma unidade da Secretaria de Educação, em Ananindeua, depositou, na porta da rua, à espera de um carro coletor da limpeza pública – Dr. Daniel Santos haverá de providenciar, para evitar maiores transtornos -, quantidade considerável de peças de frango que, em condições normais de temperatura e pressão, serviriam à merenda escolar. Tudo estragado.  

Vão culpar ‘os meninos’

Fique claro desde já: não culpem o gestor, nem a servente, coitada – provável funcionária de empresa terceirizada contratada a peso de ouro, que ‘empacotou a perda’ -, muito menos a pessoa que, lamentando a perda e o desperdício, produziu o vídeo: a culpa é da Secretaria de Educação do Estado. A escola não tem freezer para agasalhar os produtos perecíveis que recebe. E os perde, um dia sim, outro também.   

Tempo de bonança

Quem se esqueceu que, antes das eleições de outubro do ano passado, houve farta distribuição de freezers em feiras e mercados de Belém, diz que a pretexto de ‘ajudar a vida de feirantes’? Naqueles dias, ainda sob o véu tardio da pandemia, usada para escamotear intenções nada republicanas, as escolas que se mantinham em pé estavam sem aulas, as que caíam aos pedaços, sem alunos, e os professores, em transe.

Parece capim navalha

Naqueles dias, sabe-se lá o porquê, a Secretaria de Educação pagava fortunas a empresas amigas para capinar quintais de estabelecimentos públicos, enquanto a rede pública de ensino sucumbia, como se a gestora de então não soubesse somar um + um, nem juntar tico + teco.