Secretaria Nacional de Pesca estima que iniciativa privada irá promover melhorias na infraestrutura do terminal, localizado no Tapanã, e beneficiar mais de 17 mil pescadores artesanais, com produção estimada de 18,7 mil t-ano/Divulgação

A empresa Amazonpeixe Aquicultura, com sede em Manacapuru, Estado do Amazonas, arrematou os terminais pesqueiros de Belém e Manaus – o de Belém, que começou a ser construído em 2010, pela proposta de outorga de R$ 140.757,74 e o de Manaus, por R$ 126.991,07. As ofertas representaram ágio de 50,50% do valor proposto para venda. Detalhe: em edição de 17 de janeiro de 2015 o DOL, do grupo de comunicação da família Barbalho, anunciava que, na qualidade de ministro da Pesca, “Helder garante a conclusão do Terminal Pesqueiro”, informando que “a obra teve investimentos de R$ 35,117.761.15 milhões, oriundos de recursos do governo federal, para incentivar a comercialização e o beneficiamento do pescado no Pará, hoje, maior produtor do pescado artesanal do País”.

“Agora a obra tem que sair. Nós temos obrigações no Ministério, com o objetivo de fortalecer a pesca no Estado do Pará” – disse o então ministro da Pesca Helder Barbalho, profetizando que “esse será o maior terminal pesqueiro do Brasil”.

Calado inviabilizaria operações

O que se diz é que o terminal sempre se mostrou inviável por causa do pouco calado, impedindo a entrada de embarcações industriais. Outra: não se conhece a intenção de quem comprou a sucata: o que era novo foi furtado há tempo. Além disso, a produção artesanal no Pará nunca garantirá sustentabilidade, conforme garante o Secretário Nacional da Pesca, Jorge Seif. Segundo ele, a gestão privada deverá promover melhorias na infraestrutura do porto, garantindo mais apoio aos pescadores e aumentando a eficiência do setor. O Terminal Pesqueiro, localizado no Tapanã, em Belém, deve beneficiar 17 mil pescadores e prevê alcançar 18,7 mil toneladas de produção de pescado por ano.