Com bolo “simbólico”, por isso minguado, como quem inaugura um condomínio residencial e entrega apenas uma chave, o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, se junta ao governador do Pará, Helder Barbalho, no item “sem obras” para chamar de suas. Em Mosqueiro, porém, depois de 16 anos, o Psol estaria patrocinando nova onda de invasões/Fotos: Iolanda Kinoshita-Parazão Tem de Tudo-Redes Sociais.

No quesito obras, o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, concorre com o governador Helder Barbalho – no caso dele, nada que encha os olhos da população em um ano de administração. Na verdade, como operador político do município de Belém, Edmilson nem deveria ser cobrado: caberia ao prefeito de fato, segundo reza a lenda urbana, Aldenor Júnior – ou seria à irmã do prefeito? -, dizer a que veio. Não foi à toa que todo o povo que frequenta o Ver-o-Peso estranhou o minguado bolo de aniversário que Edmilson cortou ao lado do governador Helder Barbalho na tradicional festa de aniversário da cidade. A Belém sob Edmilson Rodrigues está encolhendo tal e qual o outrora gigantesco bolo.

Grande obra anunciada

Como os feirantes do Ver-o-Peso perdem o bolo, mas não perdem não o bom humor, a raquítica homenagem pelos 406 anos de Belém rendeu ao prefeito a autoria de uma grande obra, até agora, e outra sem data marcada, exatamente: a lavagem da feira, antes do aniversário e, em breve, a “inauguração” das invasões que vêm ocorrendo na região de Mosqueiro, cujo patrocínio, com base em dados históricos, é atribuído ao Psol.

Dezesseis anos depois…

Curioso que depois de 16 anos, correspondentes às administrações Duciomar Costa e Zenaldo Coutinho -, nem a população de Mosqueiro, nem seus visitantes deram de cara com invasões, que foram retomadas agora ao longo do trecho da estrada até o portal de entrada, de preferência na beira da pista. Os invasores levam de roldão inclusive mananciais que correm por dentro de terrenos já ocupados por pequenos empreendimentos com balneários e restaurantes abertos à frequência pública.

Lixo, mato, água e lama

Em plena comemoração dos 406 anos, basta circular para ver como a cidade está abandonada, do centro à periferia. Calçadas esburacadas, praças e logradouros sucateados, pequenas alamedas tomadas pelo lixo, mato e lama – e as chuvas nem bem começaram. Mas eis que a prefeitura anuncia obras faraônicas, como gosta o atual prefeito, em cujo portfólio consta o elevado da Bandeira Branca, construído em administração anterior e cujas bases estão sendo corroídas pelo tempo, com riscos significativos à população.

Charge do dia