Se houve um órgão federal que nada fez pelo Pará no governo Bolsonaro foi o Dnit. De 8 mil quilômetros de malha federal, apenas a ‘Rodovia da Soja’ foi concluída, com a pavimentação de 56 quilômetro, ainda assim, graças à pressão dos produtores de Mato Grosso.
O militar nomeado para o cargo de superintendente do órgão no Pará caiu de paraquedas, uma vez que essas indicações sempre envolveram técnicos do próprio departamento e não era exatamente especialista na área de rodovia, pontes ou pavimentação.
Para se ideia, até mesmo a recuperação de retornos ao longo da BR-316, dentro da Região Metropolitana de Belém e além foi ignorada pelo órgão por suposta falta de recursos, sem falar em obras de maior porte e projetos de duplicação, como o trecho da rodovia que leva de Castanhal à entrada de Salinópolis, que continua no papel.
Agora, os próprios servidores do Dnit se movimentam pela nomeação de um técnico da casa, com experiência e rodagem.
Sem começo e sem fim
Outro exemplo do travamento do Dnit no Pará, embora envolva outros órgãos federais, é o Pedral do Lourenço, no Tocantins, que se espraia de Marabá até Baião. A navegabilidade do rio é considerada de grande importância para o Estado em apoio ao Projeto Arco Norte, que prevê transformar o Pará no maior Estado exportador de commodities do País, e desde o governo Dilma dorme nas gavetas federais.
Com custo estimado em pouco mais de R$ 500 milhões, a obra está praticamente liberada pelo Ibama, mas trabalho que é bom…