A promoção engendrada supostamente sem consentimento do alto escalão da PM colocou o Comando do Batalhão de Breves e a própria corporação em saia justa, mas a Corregedoria entrou em campo e colocou pedras sobre o assunto/Redes Sociais.

E eis que a briosa Polícia Militar do Pará queima no olho do furação por conta de malfadada rifa engendrada sabe-se lá por quem no Batalhão de Breves com o intuito de arrecadar fundos para a construção de “alojamentos e pátio de formatura”. Base operacional da corporação na Ilha do Marajó, o Batalhão mudou de comando recentemente, mas a iniciativa da rifa está sendo atribuída a algum nariz empinado da PM, inclusive sem conhecimento dos superiores. Como a promoção foi amplamente divulgada nos grupos de relacionamento da PM, a Corregedoria entrou em campo, abriu procedimento investigativo e tratou de colocar panos quentes no caso. Os bilhetes da rifa estavam sendo vendidos por R$ 10. Noves fora os detalhes sórdidos anunciados na promoção, chama a atenção o fato de que, além de o Estado do Pará “nadar em dinheiro”, a Polícia Militar acaba de alugar espaço em um shopping da Região Metropolitana de Belém para abrigar uma corporação inteira. Então, como explicar a penúria em que supostamente estaria o Batalhão de Breves a ponto de recorrer a uma rifa, como se faz em Clubes de Mães, templos e igrejas, nos quais a união de membros e fiéis “faz a força”? Pelo sim, pelo não, parece uma pedalada de caserna.

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Helder veste Moncler, de R$ 2,5 mil,  
ao anunciar nova ponte de Outeiro

A coluna passou por debaixo da Ponte de Outeiro – a que está sendo recuperada – e do projeto de construção de nova ponte anunciado em vídeo por um governador Helder Barbalho visivelmente entusiasmado, mas não deixou escapar a elegância e o charme da camisa polo, importada – algodão e patch de logo -, da griffe Moncler, usada pelo governador no momento da transmissão. Um luxo, como diria o saudoso colunista Edwaldo Martins, ou “quem pode, pode”, na expressão do também falecido Rubens Silva.

Os olhos da cara

Assim: se o governador – antes tarde do que nunca – concluiu que economia faz bem aos cofres do Estado e decidiu que com quase metade do dinheiro empenhado para a recuperação da ponte desabada é possível construir outra ponte de acesso, seja feira vossa vontade. Quanto ao próprio dinheiro, pode torrá-lo à la vonté, inclusive para envergar uma Moncler, que custa até R$ 2,5 mil, já incluídas as taxas de importação. Sorry.

Veja o vídeo:

Papo Reto

Divulgação
  • Grupo  ligado à  UFPA  majoritariamente composto por pessoal técnico e administrativo, mas também docentes e alunos,  discute entrar com pedido de afastamento do professor Emanuel Tourinho (foto) do cargo de Reitor, até que se apurem as recentes informações de desvios de gestão na instituição.
  • Secretários que irão disputar as eleições deste ano têm até 4 de abril para se desincompatibilizar. Na onda de mexidas, o nome da engenheira agrônoma Cleide Amorim, secretária-adjunta de Gestão de Pessoas da Seduc, surge como espécie de coringa para assumir alguma dessas lacunas no governo.
  • O que se diz é que Cleide pode assumir pela terceira vez a hoje caótica Emater, a Secretaria de Pesca e Aquicultura ou até mesmo um terceiro órgão da gestão Helder.
  • Não apenas na periferia, mas também nas áreas centrais, Mosqueiro tem muito buraco agora, inclusive na 16 de Novembro e na avenida Beira Mar, que também não tem mar.
  • O meia Gedoz, do Remo, aplicou, no início do ano, que havia um monte de clubes interessados no seu concurso e os ingênuos dirigentes do Remo acreditaram, a ponto de  renovar o contrato.
  • Agora, Gedoz teve descoberta uma lesão grau três na panturrilha que o levou para o estaleiro de por dois a três meses, mas continuará recebendo o polpudo salário.
  • Sinais de fumaça no Baenão: tudo indica que Gedoz pode estar com os dias contados em Belém, mas nada tem a ver com futebol. Ele está encrencado com a Polícia Civil por conta de suposta arruaça armada no apto aonde mora.
  • Foi chamado informalmente à delegacia, mas não compareceu. O Remo foi informado e a paciência parece que está se esgotando.