No jogo de cadeiras da política paraense, perderam dois doutores – os deputados Galileu, do PRB, e Jaques Neves, do União Brasil. Médicos por formação, os parlamentares deixarem o PSC, entregando o partido de bandeja para o delegado Toni Cunha, que vai concorrer contra si mesmo à reeleição e ainda terá o apoio de pelo menos 15 candidatos pastores para lhe servir de escada luxuosa. Dizem os analistas de plantão que nem Jaques, no União Brasil, e muito menos Galileu, no PRB chegam à reeleição. Não custa lembrar: os parlamentares caíram na esparrela para não perder a Adepará, usada como moeda de troca pelo governador Helder Barbalho pela fidelidade de ambos.
Parlamentares já falam
em tom de despedida na Alepa
A briga por vaga na bancada federal em Brasília está tão acirrada que os deputados estaduais Raimundo Santos e Marinor Brito fizeram durante a semana pronunciamentos em tom de despedida do plenário da Assembleia Legislativa. Ambos usaram a expressão “no final do ano me despeço desta Casa”. A intenção, claro, é que saiam para residir em Brasília, mas pode ser que a despedida também sirva para férias por tempo indeterminado – ou até mesmo uma aposentadoria.
Flexa Ribeiro: lugar
errado na hora errada?
Aparentemente deslocado e sem clima o ex-senador Flexa Ribeiro tem acompanhado a comitiva do governador Helder Barbalho pelo interior com a sensação – para quem vê de fora, claro – de que sequer sabe o que está fazendo ali. Não há cumprimentos espontâneos e muito menos citação de seu nome nos palanques, a não ser pelo governador.
O mais bizarro é que, vez por outra viajam juntos ele, o ex-prefeito Manuel Pioneiro e o deputado Beto Faro no mesmo avião. Quando desembarcam, é cada um para o seu lado. Imagine o clima na viagem.