Decididamente, parece que o turismo não é prioridade no governo Helder Barbalho. Só isso explica o abandono está relegado o Hangar Centro de Convenções, depois de ter sido usado como hospital de campanha no momento mais crítico da pandemia. A morosidade com que a coisa está sendo tratada é de arrancar os cabelos. Basta lembrar que, em outubro, o hospital de campanha foi desativado. Passados seis meses, tudo permanece do mesmo jeito: o espaço está abandonado, enquanto grandes eventos, como seminários, encontros e shows começam a acontecer, ou estão sendo programados para os próximos dias, e Belém não tem espaço adequado para recebê-los.
Nunca é demais lembrar que durante décadas o trade turístico reclamava, e com razão, que a estrutura do Estado não dispunha de um espaço digno para grandes eventos. Construído, aprovado e elogiado, o hangar disse a que veio e virou referência. Serviu até para salvar vidas na pandemia, adaptado para hospital de campanha. Agora, nada justifica que, seis meses sem ser utilizado dentro da concepção original, tenha saído da linha de prioridade e largado ao abandono.
Cosanpa erra e deixa
Batista Campos 48 horas sem água
Nem só de buracos abertos pela Cosanpa vive a população de Belém. À rotina instaurada pela companhia soma-se a invariável falta d’água, inclusive nos bairros considerados nobres. Em Batista Campos, por exemplo, diferente do que ocorreu no final do mês passado, quando o fornecimento de água foi interrompido por dois dias após notificação, os moradores da travessa Tamoios, entre Apinagés e Tupinambás foram surpreendidos pela seca desde a madrugada de ontem, sábado.
Parece que a empresa se perdeu em meio aos inúmeros buracos abertos pela cidade, uma vez que chegou a informar aos moradores que a suspensão ocorreria por algumas horas a partir das 23 horas.
Energia elétrica vai
para 500 famílias em Breves
Cerca de 500 famílias que residem na Vila Mainardi, em Breves, Marajó, serão contempladas com rede de energia elétrica, através de financiamento do governo do Estado, através da Sedeme, com investimentos de quase R$ 6 milhões. A família Mainardi, dona da vila, era grande exportadora de madeira no século passado, com porto alfandegado e milhares de empregos diretos e indiretos que fizeram de Breves o mais populoso e rico município da região.
Com a proibição da extração de madeira, a economia do Marajó sucumbiu, provocando o fechamento de serrarias e do mercado de desemprego, com aumento da pobreza. De lá para cá, Breves se reinventou, tornou-se o polo de crescimento e corredor das grandes embarcações, mas seus índices de IDH e Ideb ainda deixam a desejar.