A Medida Provisória 1.108/2022, que define, entre outros temas, critérios para a concessão do auxílio-refeição, foi assinada pelo presidente Jair Bolsonaro e amarra o uso do auxílio exclusivamente ao pagamento de refeições em restaurantes e aquisição de gêneros alimentícios em mercados. Até então, a norma tinha brechas que permitiam o uso do cartão para a compra dos mais diversos tipos de serviços e mercadorias, prática considerada um desvio do objetivo principal do benefício: garantir a alimentação do trabalhador.
“Ofertas” para inglês ver
A medida também eliminou o rebate – quando as empresas que ofertam o cartão oferecem descontos para os empregadores adquirirem o auxílio – e os longos prazos para as firmas quitarem o pagamento do benefício junto às operadoras. Nos dois casos, o custo dessas “ofertas” era, ao final e ao cabo, repassado para o comerciante, donos de pequenos mercados e restaurantes e do próprio trabalhador.
Campus da UFPA e arredores:
estado de petição de miséria
Está difícil transitar pelo campus da UFPA, no Guamá, tamanho é o estado do desidioso abandono. Fora do campus, as avenidas Perimetral e Augusto Corrêa também se transformaram em lixões a céu aberto. O mato alto invadiu as pistas e o asfalto dá lugar à piçarra e às crateras, tal e qual em algumas ruas da Grande Belém. Os semáforos estão desligados e os alagamentos se eternizam. Dentro do campus, o cenário é de guerra. O agravante é que, como as cidades, o campus da UFPA tem um governador, o reitor, e um prefeito para chamar de seus.
Em dias de chuva pesada, tão comum nesta época, paira até um clima de pavor nas pessoas associado à escuridão tenebrosa da noite e à falta de iluminação. A coisa está tão escabrosa que uma aluna do curso de História foi atacada por um cachorro raivoso entre tantos que vagam entre os prédios do campus e seu estado de saúde inspira cuidados.