Os bois mais famosos da face da terra – bois, no Egito antigo eram touros -, “Caprichoso” e “Garantido”, expoentes do Festival de Parintins e da arte na Amazônia, têm feito do palco da arena do bumbódromo espaço de manifesto pela preservação e respeito pela floresta e sua gente. Em 2019, o líder indígena ianomâmi, Davi Kopenawa, esteve no bumbódromo de Parintins fazendo denúncias sobre o que vinha acontecendo no território que ocupam.
Tragédia anunciada
Nos últimos dias, as denúncias de Kopenawa explodiram, colocando em risco a sobrevivência da população Ianomâmi. Diante da situação de doenças que assolam o território indígena, os bois de Parintins se unem de forma inédita em favor de uma campanha para angariar recursos que possam comprar produtos como redes e mosquiteiros que ajudarão a diminuir a explosão dos casos de malária dentro do território.
Mortalidade infantil
Quando não mata, a malária provoca cansaço, anemia, febres e tremores, levando o doente à prostração por vários dias ou semanas. Sem condições de plantar e caçar, o indígena vê a alimentação da sua família diminuir, o que pode levar ao aumento da desnutrição, doenças e da mortalidade infantil
Doações estão abertas
Os bois de Parintins conclamam a seus torcedores e admiradores da arte e da cultura indígena a apoiarem a causa e se comprometem a prestar contas publicamente de todo o valor arrecadado e da destinação dos produtos que serão entregues aos Distritos Sanitários. As doações podem ser feitas a partir de R$ 5, R$ 10 ou R$ 15. A campanha de arrecadação está na plataforma apoia-se.