A decisão do presidente Jair Bolsonaro de se filiar ao PL deverá causar alguns estragos no esquema de reeleição do governador Helder Barbalho. O PL está sob a guarda da família Vale, de certa forma ligada ao governador, assim como a maior parte dos 16 prefeitos eleitos e os deputados estaduais, que terão de se entender com a direção nacional do partido ou ficar contra a campanha de Lula, que deverá ter o apoio do governador do Pará. Aparentemente seguro sobre os acordos que tem feito desde que assumiu o Executivo, Helder Barbalho se gaba de que, na ponta do lápis, conta “com 115 prefeitos leais e aliados” na busca da reeleição ano que vem – pois é: não é que existe lealdade na política?
Manobra que tirou vice
de rota virou interrogação
O que se diz é que a decisão de Helder Barbalho de aposentar prematuramente da política o vice Lúcio Vale, mandando-o para a vitaliciedade no Tribunal de Contas dos Municípios e tecnicamente fazendo do deputado Chicão Melo, atual presidente da Assembleia Legislativa, seu sucessor – a propósito: Chicão está no exercício do cargo enquanto o governador participa da Conferência do Clima, na Escócia -, não caiu bem na família Vale. A motivação do governador, nesse caso, teria sido inversamente proporcional às expectativas da família Vale – e aqui entra a máxima segundo a qual “para o bom entendedor…”. Afinal, como se sabe, Helder está enrolado até o pescoço na Justiça.
Fragmentação da
base aliada é inevitável
É público e notório que o presidente Jair Bolsonaro não é benquisto no PL do Pará e até alguns prefeitos que o apoiaram já estão se bandeando para outras candidaturas que não necessariamente a do ex-presidente Lula. Acontece que mesmo a base montada à custa de milhões de esforços do governador no Pará tende a se fragmentar até as eleições, como no caso do PRB, sem falar no pacote que envolve os tucanos do deputado federal Nilson Pinto.
- A morte do cartunista Biratan Porto (foto) encheu as redes sociais com muitas mensagens de pesar e reconhecimento por seu importante trabalho como humorista gráfico e músico de mão cheia.
- Antes de morrer o artista, amigo de longa data – entrevistado pela primeira vez como tal pelo redator da coluna nos tempos de “A Província do Pará” – pediu para que o seu corpo fosse enterrado em Castanhal, terra onde nasceu.
- Considerado o “Oscar” do segmento, o Prêmio Fenaclubes incluiu a Assembleia Paraense na categoria Clube Destaque do Ano pela excelência em gestão.
- Até hoje, funcionários do Grupo RBA não engoliram a demissão – por suposta justa causa – do produtor e ex-apresentador Paulo Roque.
- Antigo na casa e dado como pessoa de bom trato, Paulo Roque, pelo jeito, foi vítima de “armação”.
- A Cosanpa não está fazendo a leitura de hidrômetros na 14 de Abril com Magalhães Barata. Conta de um dos moradores que era de R$ 47 saltou misteriosamente para R$ 236.
- A professora de matemática Keila Cattete fechou o ano com chave de ouro. Remanescente quilombola de Tracuateua, onde foi dispensada pela prefeitura por tentar ensinar robótica educacional para estudantes da região, Keila conquistou medalha de ouro e prata na Olimpíada Brasileira de Robótica-2021.
- O governo Federal criou o comitê de mudanças climáticas, que prevê aliar redução das emissões de carbono, conservação florestal e o bom uso de recursos naturais com o necessário crescimento econômico.
- Aliás, Programa Nacional de Crescimento Verde, também lançado pelo governo vai incentivar investimentos em preservação e economia sustentável.
- Na China, a crise energética e imobiliária e carência de peças desnudam um cenário econômico sombrio; nos EUA, com a queda de 1,3% na indústria, os efeitos do furacão Ida e a própria falta de insumos automotivos, idem. No Brasil luz amarela está acesa.
- É que a dependência do Brasil com relação a esses dois parceiros extrapola o entendimento nacional, do mercado de peças às bugigangas das esquinas.