Informações de autoria do pesquisador Nelson Sanjad publicadas no “Jornal da Ciência” repercutem nas redes sociais e apontam que situação da instituição científica é crítica e exige providências imediatas, ante o risco de esvaziamento e falência de suas atividades/Fotos: Divulgação.  

Historiador Nelson Sanjad publica situação dramática em que se encontra a instituição paraense fundada em 1866 e revela que nunca esteve pior. Riscos vão além da imaginação e exigem pressão da sociedade em campanha do tipo “Salvem o Museu Goeldi”.

Tem repercutido muito nas redes sociais e científicas o artigo do historiador Nelson Sanjad, publicado no “Jornal da Ciência”, sobre as imensas dificuldades do Museu Paraense Emílio Goeldi, fundado em 1866, que passou por alguns perrengues na história, mas nunca como o atual, com o esvaziamento da instituição e o colapso de suas atividades.

Nelson aponta que muitos governos já se passaram sem que a instituição merecesse investimentos e valorização coerente com seu acervo da biodiversidade amazônica, como a paleontologia e ornitologia das mais completas, ictiologia, arqueologia, artefatos indígenas e africanos, cerâmicas de milhares de anos e tantas outras peças do arquivo permanente que estão se perdendo por falta de pessoal para manter.

Sanjad afirma que algumas autoridades perguntam “para que acumular tanta coisa velha, guardar tantos bichos e plantas?”, como se essas pesquisas nada representem. Em dez anos, os 300 servidores do Goeldi foram reduzidos a apenas 181, e 57 deles em breve irão se aposentar. 

“Não há concurso desde 2012 e os quadros funcional e de pesquisa não se renovam, comprometendo os processos administrativos, científico, museológico e educacional”, atesta Nelson Sanjad.

Petrobras deve começar a
perfurar na Foz do rio
Amazonas agora em março

Pelo andar da carruagem, ou do navio sonda, a Petrobrás deve iniciar agora em março a perfuração marítima na Bacia da Foz do Amazonas, a cerca de 160 Km da costa do Oiapoque, numa profundidade de quase 3 mil metros e mais mil para atingir, eventualmente, poços petrolíferos.

Há meses a empresa utiliza imensa logísticas de embarcações, helicópteros e pessoal de apoio, que sai geralmente de Belém, embora a empresa tenha construído uma grande pista de pouso em Oiapoque para dar sustentação ao movimento de técnicos e operadores da plataforma e o sistema de segurança dentro e no entorno do navio sonda.

Licenciamento demorado

O licenciamento ambiental demorou muito para ser expedido após a Petrobrás cumprir todas as exigências impostas pelo Ibama, inclusive audiências públicas e reuniões setoriais.

A Petrobrás pretende perfurar dezenas de poços da costa Atlântica de Macapá até o Estado do Maranhão, onde há probabilidades de atingir poços de petróleo com alta qualidade e rentabilidade, tornando a região norte um novo Pré-sal, como os litorais do Rio de Janeiro e São Paulo.

Municípios próximos às plataformas, como os do Marajó e do Amapá serão os mais beneficiados com a obtenção de royalties.