A Comissão, indicada pelo presidente do Conselho, Milton Campos, não admitiu nem ‘relevantes serviços prestados’ ao clube por alguns candidatos, mas cuidou de habilitar o atual presidente, Fábio Bentes, e o próprio Milton Campos, que estariam eticamente impedidos de concorrer/Fotos: Divulgação.
Seria cômico se não fosse trágico. A Comissão criada pelo Conselho Deliberativo do Clube do Remo para avaliar os nomes que estão aptos a concorrer à benemerência do clube virou alvo de chacota. Dos 21 associados que se inscreveram, 13 tiveram a candidatura indeferida, mesmo tendo “serviços relevantes” prestados ao clube nos últimos cinco anos, por meio do trabalho na diretoria ou no Conselho.
Escolhida a dedo
No entanto, a Comissão, formada por Ubirajara Salgado, Ângelo Carrascosa e Sérgio Dias deixou de fora muitos associados que reconhecidamente contribuíram com o clube dentro do prazo previsto pelo Estatuto e, contraditoriamente, manteve no listão dos aprovados nomes que, por questão de ética, nem deveriam concorrer, como o do atual presidente, Fábio Bentes, e do presidente do próprio Conselho, Milton Campos, que deveriam se manter isentos dessa disputa para não influenciar e pressionar os votantes. No caso do Milton Campos, por exemplo, foi ele que indicou a Comissão.
Cartas marcadas?
Entre os excluídos, o clima é de indignação e alguns já até falam em recorrer à Justiça para garantir o direito de concorrer às oito vagas disponíveis, coincidência ou não, o mesmo número dos que são dados como aptos às vagas, deixando um certo cheiro de ‘cartas marcadas’ no ar.