Até União perde com ação de
milícias no sudeste do Pará

A pistolagem anda solta no sudeste do Pará. O que se diz é que milícias formadas inclusive por policiais civis e militares plantam o terror entre os empresários. Segurança privada e carros blindados viraram artigo de primeira necessidade na região. A nova febre da mineração – ouro, cobre e manganês – seria responsável por parte dos crimes, com prejuízos inclusive para a União, dona do subsolo e vítima de vultosos furtos  de minérios.

Crime compensa?

Convém lembrar, aliás, que a legislação criminal foi  reformada não faz muito tempo justamente para agilizar leilões de bens apreendidos em ações da Polícia Federal e Ministério Público Federa sujeitos à depreciação, como carros, lanchas e motocicletas, ou de difícil manutenção, onde se incluem minérios, imóveis e gado, entre outros bens menos votados. A ideia seria inverter a infame lógica de que o crime compensa.

Pulo do gato

O Núcleo de Inteligência de Campanha do desconhecido Everaldo Eguchi teve papel fundamental na tomada de decisões durante a disputa pela Prefeitura de Belém. Formado por publicitários e pessoal da alta confiança, o Núcleo, que acompanhou o candidato desde a campanha para deputado federal, deu “o pulo do gato” e quase emplaca o homem da Federal: a estratégia de marketing da campanha foi baseada em dados minuciosos das pesquisas feitas pela Mentor Pesquisas, de Luiz Paulo Lopes (foto).

Blitz da OAB

A Comissão de Defesa de Direitos e Prerrogativas iniciou, na última terça, a chamada Blitz de Prerrogativas da OAB Pará, ação mensal em fóruns, tribunais e repartições públicas. O Fórum Cível da Capital foi o primeiro local visitado. As diligências foram efetuadas na UPJ das Varas de Família. Os membros da comissão de trabalho dialogaram com o secretário-geral da unidade, Francisco Moreira, e com a diretora do Foro, Margui Bittencourt.

Barbas de molho

O sufoco que o Palmeiras, apesar do apoio do Var, passou na disputa de vaga pela Taça Libertadores leva o torcedor bicolor a imaginar o que pode acontecer na última rodada da série C do Brasileirão, sábado agora, a partir das 17 horas, contra o Ipiranga, em Erechim (RS). Desde o Paysandu ser o primeiro da chave, deixando seu rival em segundo, até  a eliminação pura e simples, dependendo de resultado. Barbas estão de molho.

Dinheiro na mão

Os milionários royalties de mineração, que sustentam as riquíssimas prefeituras de Parauapebas e Canaã dos Carajás, vão cair no colo dos prefeitos Darci Lermen e Josemira Gadelha em um monte de cédulas que, em notas de R$ 50, dariam para sufocar os dois gestores empilhados na vertical. Ao todo, 48 prefeituras do Pará irão ratear R$ 198,98 milhões, mas os maiores volumes desse Everest de dinheiro ficarão com Darci Lermen, de Parauapebas (R$ 103,528 milhões), e Josemira Gadelha, de Canaã (R$ 76,107 milhões).

Cada vez mais

Vale comparar que, no primeiro mês do ano passado, Parauapebas faturou “apenas” R$ 60,499 milhões (71,1% a mais neste ano), enquanto Canaã dos Carajás ganhou em janeiro de 2020 “apenas” R$ 30,054 milhões (153,2% a mais neste ano). Se mantiverem o galope por todo o ano de 2021, o governo de Darci poderá ver nas contas R$ 1,24 bilhão da Compensação Financeira pela Exploração Mineral, enquanto a administração de Josemira Gadelha levará “monstruosos” R$ 913 milhões em royalties.

Cotação dobrada

Esses valores robustos se apoiam na esteira do preço da tonelada de minério de ferro, cuja commodity é o principal ganha-pão dos dois municípios, que são tanto os maiores produtores minerais do País quanto estão entre os cinco maiores exportadores da balança comercial. Em 2020, a cotação do minério dobrou de preço e encerrou o ano com um resultado tão bom que só fora visto em 2011, ano considerando o do “boom” das commodities. Tomaram os gestores saibam aplicar bem o dinheiro.

Fim da fila

Outras quatro prefeituras também vão faturar mais de milhão este mês. Marabá, por exemplo, irá embolsar R$ 9,641 milhões, seguida de Itaituba, em cuja conta vão desembarcar R$ 3,573 milhões. Oriximiná vai ganhar R$ 2,525 milhões e Juruti, R$ 1,538 milhão. Paragominas, tradicional arrecadador de cifra que supera o milhão, irá arrecadar apenas R$ 919 mil, e Curionópolis, R$ 828 mil.

Verdade chinesa

A revista “Sciense”, umas das publicações científicas mais prestigiadas do mundo, aponta que a falta de clareza nos dados da vacina chinesa da Sinovac pode prejudicar a liberação do imunizante para uso no Brasil. “Até que eles nos mostrem esses números, não é nada mais do que um anúncio vazio”, tuitou a epidemiologista Denise Garrett, vice-presidente da organização sem fins lucrativos Sabin Vaccine Institute.

Quase nada

O Instituto Butantan, por sua vez, não revela os dados da pesquisa no Brasil e o verdadeiro percentual de imunização, levando a crer que o resultado não seria de 78%, mas abaixo dos 60%. Tudo isso porque o Instituto Butantan se sujeitou a um contrato “draconiano” com os chineses. Em uma das cláusulas, quase nada sobre o imunizante pode ser revelado ao público e autoridades, conforme reza a cartilha de um país ditatorial.

• O governador Helder Barbalho parece que só viu famílias em situação de vulnerabilidade em Belém. A iniciativa é boa, pero no mucho.

• O programa de auxilio, em parceria com o prefeito Edmilson Rodrigues, o “Bora Belém”, precisa ser pensado também para socorrer famílias sofridas nos 144 do Estado.

• Está montado um cenário perigoso para este final de semana: de um lado, remistas; de outro, bicolores. Melhor que os órgãos de segurança entrem em ação antes que seja tarde.

• Dizer que, com vitória sobre o Londrina o Remo estaria “ajudando” o Paysandu é criar clima. O Paysandu depende apenas dele contra o Ypiranga e ponto final.

• As circunstâncias para os dois jogos, lá e cá, foram criadas pelos próprios times. A eles cabe responder pelos resultados, sejam quais forem.

• A Blitz de Prorrogativas iniciada pela OAB nesta semana prevê produzir relatórios e adotar providências para atender às demandas, resguardando as prerrogativas da advocacia junto aos Tribunais.

• Uma área de 519 hectares foi reflorestada em 2020 pela Mineração Rio do Norte, em Porto Trombetas, município de Oriximiná, oeste do Pará.

• O número é recorde, pois a média anual gira em torno de 350 a 400 hectares. Neste trabalho, a empresa utilizou 537.352 mudas de 64 espécies nativas.

• Todas aas mudas foram produzidas em viveiro florestal da empresa, e outros 3.837 quilos de sementes nativas, adquiridos junto a comunitários quilombolas e ribeirinhos da região.

• Cinquenta e seis unidades judiciárias de 1º Grau serão reconhecidas como Unidades 100% PIB/2020 pelo TJP no próximo dia 19.

• As unidades cumpriram as metas de baixa processual da versão 2020 do Programa de Incremento de Baixa Processual (PIB) até 31 de dezembro.

• Tenha santa paciência: esse trabalho de recuperação de pista que o Dnit faz na BR-316 a partir da saída de Marituba é de matar até caminhoneiro movido a arrebite.

• O engarrafamento se estende por mais de cinco quilômetros e não há um agente de segurança sequer para orientar condutores, apesar de o trabalho se concentrar em apenas uma pista.

• A DiretoTech, empreendimento genuinamente paraense, traz soluções digitais para protesto, notificação e pagamento de dívidas. A marca chega para inovar o combate à inadimplência, que só cresce no País.

• Sem querer perturbar, já perturbando: o lixão de Marituba exala mais e mais mau cheiro após cada chuva. Daqui a pouco a BR-316 será ocupada por protestos de moradores insatisfeitos.

• Falando nisso: a Prefeitura de Belém já está cuidando da regularização da coleta de lixo na capital? Esse negócio de as empresas coletoras passarem dia sim, três dias depois continua – e o lixo segue se acumulando.