Obra adiada para o final deste
ano corre risco de ficar
para o ano eleitoral
Belém, terça-feira, 13 de abril de 2021
Não está confirmado – a transparência por estas bandas tem um quê de conveniência -, mas corre a boca pequena que as relações entre o governo do Pará e a Construtora Odebrecht, encarregada das obras do BRT Metropolitano (foto), não estão lá muito cordiais. Fontes do setor garantem que se trata apenas da prática das empreiteiras de cobrar mais e mais e a dos governos, de pagar menos – mas há divergências. A conclusão da obra foi adiada para o final deste ano, mas corre o risco de ficar para o ano eleitoral.
Pai da criança
Executivo da Odebrecht consultado pela coluna chega a admitir que “estão apertando o torniquete” – seja lá qual for -, e lembra que a construtora, depois da Lava Jato, alterou procedimentos e introduziu o chamado complience na gestão como forma de dar transparência e segurança às suas operações. Pelo sim, pelo não, falta combinar alguma coisa com os japoneses, cuja Agência – a Jica – financia quase 80% das obras.
Polo Tapajós
A Secretaria de Turismo do Pará promove amanhã, a partir das 10 horas, na plataforma Zoom, a Oficina de Validação de Produtos do Plano de Marketing do Polo Tapajós, região turística do Tapajós (foto). Na agenda, apresentação de dois produtos turísticos dos seis contemplados no Plano, com ênfase no Plano de Trabalho e, ainda, análise, diagnóstico da situação, potencial de mercado e definição de objetivos e estratégias. O Plano é executado em convênio do governo do Pará com o Ministério do Turismo.
Ferida aberta
A decisão das empresas mineradoras – a Vale principalmente – de questionar a cobrança de taxas por exploração dos recursos minerais pelo governo do Pará fez remoer feridas que estão longe de serem cicatrizadas. A decisão sairá do STF, dia 14 agora, se é que isso será possível, no julgamento da constitucionalidade da cobrança da tal taxa em favor ou não dos Estados do Pará, Minas Gerais e Amapá. Nesse confronto, só a pobreza não resiste.
Pano de fundo
Comenta-se que a preocupação com a Área de Preservação Ambiental de Jamanxim, no sudoeste paraense, é apenas pano de fundo para esconder uma orquestração hedionda de grupos do sul e sudeste para inviabilizar a construção da Ferrogrão – tudo para manter a hegemonia da exportação de grãos nos portos de lá, em detrimento dos portos daqui, muito mais próximos dos mercados internacionais, favorecendo os negócios.
Carga pesada
Somado a isso, os navios que vêm buscar minérios trariam da Europa, Ásia e EUA cargas preciosas, como toneladas de insumos para a lavoura, equipamentos pesados, sementes, manufaturados e combustíveis, que hoje descarregam nos portos do sul e sudeste e são trazidos para o centro-oeste, quando o Pará poderia transportar essas cargas aproveitando os veículos que chegam com grãos e retornam batendo carroceria.
Quem avisa
Bem que a coluna avisou: o desmatamento na Amazônia anunciada pela Secretaria de Meio Ambiente em fevereiro relativo ao mês de março não parecia real. Àquela altura, os dados apontavam desmatamento de 86 quilômetros quadrados, ou redução de 69,7% em relação ao ano anterior. Pois bem, a conta real chegou: o desmatamento cresceu 43% em fevereiro e disparou agora em março, com 367,61 quilômetros quadrados, o maior da história para o mês, segundo a Plataforma Terra Brasilis, vinculada ao Inpe.
Renda extra
Viçoso mamoeiro cresce em plena Presidente Vargas, principal avenida da capital paraense, às proximidades da travessa Aristides Lobo. Quando começar a dar fruto é que vai haver problema. Aliás, funcionários do serviço de poda e derrubada de árvores da Prefeitura de Belém aproveitam os troncos e caules, que beneficiam no local do serviço, e vendem as partes interessantes para paisagismo, tábuas de carne ou suporte de louças.
Picada certeira
Informações de “O Globo” dão conta de que cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro concluíram que parcela significativa das pessoas que recebem o imunizante Coronavac desenvolve anticorpos após a primeira dose, mas a proteção contra a Covid-19 só é alcançada cerca de 15 dias após a segunda dose. Antes disso, a pessoa é inoculada, mas não pode se considerar imunizada. Todo cuidado, portanto.
Ataque direto
Segundo o estudo, esses anticorpos neutralizantes são os que de fato importam, pois atacam diretamente o Sars-CoV-2. No estudo, os cientistas analisaram a capacidade de neutralização do vírus de 68 pessoas vacinadas. Os testes revelaram que 42 dias após a primeira dose (14 depois da segunda) 84% das pessoas apresentaram anticorpos neutralizantes. Em pacientes de Manaus com variante P1, a eficácia da vacina chega a 50%.
Google reage
Reportagem do jornal “Daly Mail” aponta que o Google removeu 3,100 bilhões anúncios por violar suas políticas. Deste total, 99 milhões eram anúncios publicitários relacionados à Covid-19 com “receitas” para combater a doença sem qualquer comprovação científica e manipulação de preços de produtos em demanda, entre outros. O número de contas de anúncios desativadas em 2020 aumentou em 70% em relação ao ano anterior.
- Com os portos do “Arco Norte” desbancando os terminais de Santos (SP) e Paranaguá (PR), só falta mesmo o governo se debruçar sobre as obras do Pedral do Lourenço, atrasadas há meio século, para ampliar a logística de transporte de grãos no Pará.
- A Capela Pombo, à travessa Campos Sales, centro de Belém, está cada vez mais tomada pelo mato à espera de restauração, se não desabar, antes disso.
- Depois da trapalhada ação de espionagem contra o ex-PGJ do Pará Gilberto Martins, a conversa é que a Segup irá reestruturar a sua área de Inteligência.
- A ideia é exonerar arapongas e contratar detetives particulares formados por correspondência no Curso da Universal. É a busca por uma equipe qualificada de espiões.
- O serviço de monitoramento de fenômenos climáticos da Secretaria de Meio Ambiente do estado adverte para a ocorrência de chuvas intensas, rajadas de vento e risco de raios na Grande Belém até o fim deste mês.
- Sai prefeito, entra prefeito e a bucólica Mosqueiro continua entregue às moscas. Sorte que os moradores são mais comprometidos e tenta amenizar eventuais riscos.
- Para demarcar as crateras que tomam conta de algumas ruas, a vizinhança passou a plantar mudas de bananeiras, como no Murubira (foto). Ao menos os condutores de veículos estão avisados.
- Segue a onda de invasões de terrenos abandonados em Belém, conforma a coluna tem denunciado. Começou no Tapanã, passou por Icoaraci e agora chega ao bairro Cabanagem.
- O Sicoob registrou aumento de 34,4% em ativos totais no ano passado, saindo de R$ 117,3 bilhões no fim de 2019 para R$ 157,7 bilhões.
- O patrimônio líquido atingiu R$ 26 bilhões no 4º trimestre de 2020, ante R$ 23,2 bilhões no mesmo período de 2019, crescimento de 12,4%.
- O saldo de crédito alcançou R$ 88,7 bilhões no 4T20, avançando 36% na mesma comparação. Em depósitos totais, houve crescimento de 45,1%, ou R$ 107,6 bilhões.
- Ofício do TCU do ano passado apontava que apenas cinco das 68 universidades federais tinham registro no sistema e-TCE. A Ufra era uma delas, a única da Região Norte.
- Em março deste ano, a Ufra teve seu primeiro processo de TCE referendado pelo dirigente da Controladoria Geral da União. O trabalho foi reconhecido plenamente pela CGU.